A geração de postos de trabalho para jovens contrastou com o enxugamento de vagas voltadas para trabalhadores mais experientes. No primeiro trimestre de 2017, foram abertas 175,3 mil vagas com carteira para trabalhadores com até 24 anos de idade, alta de 120% sobre o mesmo período de 2016. Nas demais faixas etárias, foram eliminadas 239,7 mil vagas no período.
Os números são de um levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), feito a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Em média, o salário dos trabalhadores menos experientes é 52,5% menor do que o das pessoas ocupadas com 25 anos ou mais de idade.
A diferença salarial tende a se acentuar conforme a qualificação. Dentre os trabalhadores com o ensino fundamental, aqueles situados na faixa de 18 a 24 anos percebem um salário médio 23,1% menor do que aqueles com 65 anos ou mais. Para o nível superior completo, a diferença passa a ser de 64,2%.
No primeiro trimestre, o Brasil fechou 64,4 mil postos formais. Apesar da retração, destaca a CNC, dos 25 setores que compõem a força de trabalho do país, 13 já mostram recuperação de vagas na comparação com 2016.
No setor terciário, a entidade destaca o comércio atacadista (5.941 postos) e o comércio e administração de imóveis e valores mobiliários (+2.148). Os setores primário (agropecuária) e secundário (indústria) foram os que mais reverteram o fechamento de vagas, segundo a CNC.
Fonte: Metro Jornal