O dólar foi ao patamar de R$ 3,10 na segunda-feira (15), cravando o quinto pregão seguido de queda e no menor nível em quase um mês, com os investidores ainda animados com o andamento das reformas no Congresso Nacional e o cenário externo.
Na sessão, o dólar recuou 0,58%, a R$ 3,1060 na venda, acumulando perdas de 2,81% em cinco pregões seguidos. Este foi o menor patamar de fechamento desde 17 de abril (R$ 3,1044). Na mínima do dia, a moeda norte-americana já havida ido a R$ 3,096.
"O mercado está otimista em relação à reformas. O dólar ir abaixo de R$ 3,10 e ficar lá depende de Brasília", afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel.
Após a reforma da Previdência ser votada na comissão especial da Câmara dos Deputados na semana passada com poucas alterações via destaques, o mercado financeiro ficou mais animado e acredita que a matéria será aprovada até o fim deste semestre.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que definirá nesta semana a data para votação da matéria na Casa. Além disso, o governo trabalha politicamente para garantir a votação da reforma trabalhista no Senado. O próprio presidente Michel Temer já pediu que a bancada do seu partido, o PMDB, ajude a acelerar a tramitação da matéria na Casa.
O dólar também foi influenciado nesta sessão pelo mercado externo, onde a moeda norte-americana recuava frente a uma cesta de moedas e a divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Os mercados reagiram ao rali do petróleo, cujos preços chegaram a saltar mais de 3% nesta sessão, depois que a Arábia Saudita e a Rússia informaram que os cortes de oferta precisam durar até 2018, um passo para estender o acordo liderado pela Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo) para apoiar os preços.
O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, repetindo as decisões deste mês. Em junho, vencem US$ 4,435 bilhões em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.
Fonte: R7