Copom avaliará 'intensificação adicional moderada' do ritmo de corte dos juros

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O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou na quarta-feira (17), que o Comitê de Política Monetária (Copom) "pondera" a possibilidade de acelerar o processo de redução da Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira.

Na sua mais recente reunião, realizada em abril, o Copom cortou a Selic em 1 ponto percentual, o que levou a taxa de juros para 11,25% ao ano.

 

"Estamos ponderando qual o grau de antecipação adequado, entre o atual ritmo e uma intensificação adicional moderada. Não há definição no momento, a decisão ocorrerá apenas na próxima reunião do Copom", declarou ele, em Brasília, durante evento do Fundo Monetário Internacional (FMI). O discurso dele foi divulgado na página do BC na internet.

Segundo Goldfajn, o Copom avaliará o "grau desejado de antecipação do ciclo, por um lado, pela evolução da conjuntura econômica e, por outro lado, pelas incertezas e fatores de risco que ainda pairam sobre a economia."


A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 30 e 31 de maio. Até o momento, o mercado financeiro acredita que a autoridade monetária manterá o ritmo e promoverá uma nova redução de um ponto percentual nos juros, de 11,25% para 10,25% ao ano.


Inflação

Na palestra, o presidente do Banco Central informou também que a instituição estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, ficará em 4,1% neste ano e em 4,5% em 2018. A estimativa da autoridade monetária considera a trajetória de juros e câmbio estimados pelo mercado para este e para o próximo ano.


Deste modo, as estimativas do Banco Central para a inflação de 2017 e de 2018 estão acima das previsões dos economistas das instituições financeiras, que preveem um IPCA de 3,93% para este ano e de 4,36% para 2018, conforme pesquisa realizada na semana passada com mais de 100 bancos e divulgada na segunda-feira (15).


A definição da taxa de juros pelo Banco Central tem como foco o cumprimento da meta de inflação que é definida todos os anos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2017 e 2018, a meta central de inflação é de 4,5% e o teto é de 6%.


Normalmente, quando os a inflação está em alta, o BC eleva a Selic na expectativa de que o encarecimento do crédito freie o consumo e, com isso, a inflação caia. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz o juros. É o que está acontecendo neste momento. Em razão do cenário de baixo nível de atividade na economia, a inflação está em queda.



Fonte:  G1

 

 


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