São Paulo - Amplamente pressionado pela crise econômica, o setor atacadista distribuidor, que fornece produtos em grande escala para bares, restaurantes e outros varejistas, fechou o primeiro semestre do ano com recuo de 5,2%, frente a 2016.
Os dados fazem parte de uma pesquisa da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad). Apesar do resultado ruim, pressionado principalmente pelo primeiro trimestre, a entidade sinaliza que fatores como a redução da taxa básica de juros, a inflação controlada e o desemprego estável ajudaram a melhorar as expectativas dentro do setor atacadista distribuidor.
A pesquisa, feita em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA), mostra que o faturamento do setor, em termos reais, cresceu 9,9% em maio, frente a abril. Na comparação com mesmo mês de 2016, a alta foi de 0,84%.
Em termos nominais, houve crescimento de 9,43% em maio em relação ao mês anterior; e de 4,47% em relação maio de 2016; e novamente retração no acumulado do ano: de 1,03%. "Depois de alguns meses negativos, começamos a vislumbrar a retomada econômica a partir da melhora de alguns indicadores, principalmente inflação, taxa de juros e desemprego. Infelizmente, a interferência do cenário político é grande na economia real. E as constantes reviravoltas inspiram cautela e dificultam as previsões", afirmou o presidente da ABAD, Emerson Luiz Destro, por meio de nota.
Crise política
Para o presidente da entidade, não fosse a instabilidade política, haveria grande expectativa em relação ao segundo semestre, que é tradicionalmente o melhor período do setor. "A retomada econômica poderia estar encaminhada não fosse a persistente turbulência no campo político, que influencia diretamente a confiança de consumidores e empresários."
Fonte: DCI São Paulo