São Paulo - Puxado pelos saques das contas inativas do FGTS e o inverno mais interno este ano, o comércio varejista cresceu 2,5% no 2º trimestre, sobre um ano antes, segundo o IBGE. O resultado interrompe uma trajetória de queda que durou nove trimestres, e foi o avanço mais alto desde o segundo trimestre de 2014, quando o setor avançou 4,1%.
"A melhora entre atividades do varejo foi generalizada no segundo trimestre, seja porque algumas reverteram queda em crescimento ou diminuíram o ritmo de perdas", disse a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes. Com o resultado, a Confederação Nacional do Comércio, (CNC) reviu a projeção de crescimento do setor de 1,6% para 1,8%. Apesar do CNC, o líder de outra entidade, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roque Pellizzaro, se mostra cauteloso. "
Ainda assim, os dados não mostram uma recuperação total do consumo. Será necessário observar a atividade do comércio ao longo do segundo semestre do ano para ver se a tendência se consolida e para entender o comportamento do consumo, uma vez que o efeito da liberação do FGTS tenha se dissipado", afirma Junior.
A questão do impacto do FGTS e do inverno, que chegou mais cedo este ano, também foi compartilhada pelo professor de macro economia da UFRJ, César Couto Filho. "É cedo para comemorar", pondera. Em junho, as vendas no varejo subiram 1,2% na comparação com maio, e teve um salto de 3% sobre um ano antes, segundo o IBGE.
Fonte: DCI São Paulo