O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a inflação em São Paulo, deve fechar setembro em alta de 0,16%, após subir 0,10% em agosto.
De acordo com Moacir Mokem Yabiku, gerente técnico de pesquisa do indicador, a estimativa de pequena aceleração reflete a projeção de queda menos intensa no grupo Alimentação. Apesar da estimativa de aceleração, a Fipe reduziu a projeção para o IPC do ano de uma elevação de 3,03% para 2,67%.
Na análise que leva em consideração uma lista de 51 produtos, houve declínio nos preços de 37 e aumento em 14. Com isso, o valor médio da cesta básica do paulistano teve queda de 2,44%, acumulando declínio de 5,96% em 12 meses e retração de 3,66% no ano.
Conforme o pesquisador, alguns produtos alimentícios já estão indicando mudança de sinal no IPC-Fipe, mas o movimento ainda não deve ser substancial, caso de carne bovina. Entre a terceira e a quarta leitura de agosto, a queda passou de 1,28% para 0 89%.
Segundo a Fipe, a queda de 1,33% do grupo Alimentação no IPC de agosto voltou a surpreender a entidade, cuja estimativa era de recuo de 0,98%. Individualmente, esse conjunto de preços deu alívio de 0,33 ponto percentual no IPC do oitavo mês, diz Yabiku.
Outras capitais
Ainda ontem, a Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou em todas as sete capitais pesquisadas na quarta quadrissemana de agosto na comparação com a terceira leitura do mês . No geral, o índice arrefeceu para 0,13%.
Salvador (-0,01% para -0,29%) e Recife (-0,10% para -0,26%) aprofundaram a deflação no período. As outras cinco cidades reduziram seu ritmo de alta: Brasília (0,48% para 0,37%), Belo Horizonte (0,34% para 0,24%), Rio de Janeiro (0,30% para 0,11%), Porto Alegre (0,57% para 0 36%) e, inclusive, São Paulo (0,38% para 0,18%).
Fonte: Estadão Conteúdo