Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), na última quarta-feira, os economistas do mercado financeiro reduziram as projeções para a taxa básica de juros, a Selic, para o fim de 2017 e de 2018 .
O Relatório de Mercado Focus, divulgado ontem, trouxe que a mediana das previsões para a Selic este ano foi de 7,25% para 7,00% ao ano. Há um mês, estava em 7,50%. O levantamento indicou ainda que a mediana das projeções dos economistas para a Selic no fim de 2018 passou de 7,50% para 7,25% ao ano, ante 7,50% de um mês atrás.
Na última semana, o Copom anunciou o corte de 1 ponto percentual da Selic, de 9,25% para 8,25% ao ano. Além disso, sinalizou a intenção de reduzir o ritmo de queda da taxa básica em seu próximo encontro, no fim de outubro. No mesmo dia, o IBGE divulgou o IPCA de agosto, cuja taxa em 12 meses caiu para 2,46%, o menor patamar desde fevereiro de 1999.
Próximo Copom
Para a próxima reunião do Copom, os economistas projetam um corte de 0,75 ponto percentual da Selic em outubro, de 8,25% para 7,50% ao ano, indicou o Focus. Nas últimas semanas, já projetavam corte nesta magnitude.
Na última quarta, o Copom sinalizou a intenção de reduzir o ritmo de corte da taxa básica no encontro de outubro. Hoje, o Banco Central irá divulgar a alta da reunião da semana passada, o que deve confirmar ou indicar o cenário.
A abertura dos dados do Focus mostra que a projeção para dezembro é de corte de 0,5 ponto. Assim, a Selic encerraria o ano em 7,00% ao ano. A taxa permaneceria neste patamar até dezembro de 2018, quando subiria 0,25 ponto percentual, para 7,25%. Na sequência, em janeiro de 2019, a Selic subiria mais 0,25 ponto, para 7,50%.
Inflação
Os analistas também voltaram a reduzir suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o indicador oficial de preços - para este e o próximo ano. O Focus mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,38% para 3,14%. Há um mês, estava em 3,50%. A projeção para o índice de 2018 foi de 4,18% para 4,15%, ante 4,20% há um mês.
Neste ambiente, os economistas consultados pela autoridade monetária brasileira elevaram as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2017. A expectativa de alta para o PIB foi de 0,50% para 0,60% na pesquisa. Há um mês, a perspectiva estava em 0,34%. Para 2018, o relatório de mercado elevou a previsão de alta do PIB de 2,00% para 2,10%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava em 2,00%.
Fonte: Estadão Conteúdo