A taxa de desemprego nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo passou de 18,3% em julho, para 17,9% da População Economicamente Ativa (PEA) em agosto. A queda no mês passado representa um recuo de 2,2%.
Desde maio, têm-se registrado ligeiras quedas na taxa, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade), que foi divulgada ontem (27).
No entanto, as chances de se encontrar um emprego estão abaixo do verificado nos dois últimos anos. Em agosto de 2016, havia 17,2% de desempregados e, em 2015, 13,9%. No oitavo mês deste ano, foram estimadas 1,988 milhão de pessoas desempregadas, número inferior a julho em 63 mil pessoas.
Apesar de as empresas terem demitido mais do que contrataram, o desemprego diminuiu porque 102 mil pessoas saíram do mercado de trabalho por motivos diversos. O saldo de postos criados ficou negativo (-0,4%) com o fechamento de 39 mil vagas.
O pior quadro foi constatado no comércio, que efetuou um corte de 61 mil empregados (-3,7%). A indústria, por sua vez, eliminou outros 15 mil trabalhadores (-1,1%). Os efeitos só não foram maiores porque as contratações superaram as demissões na construção civil e nos serviços. Na construção, surgiram 7 mil empregos, alta de 1,2% e, nos serviços, 40 mil, um aumento de 0,7%.
A pesquisa aponta ainda que o setor público enxugou mais o seu quadro de pessoal (-4,3%) do que o setor privado (-0,3%) e que houve uma melhora na qualidade dos empregos criados. Os contratos sem carteira assinada caíram 1,6% e manteve-se praticamente estável o número de trabalhadores registrados (-0,1%).
O Dieese registra ainda, conforme divulgado ontem, queda de 2% no total de autônomos e crescimento de 2,8% nas oportunidades de emprego doméstico.
Fonte: Agência Brasil