Nenhuma atividade econômica brasileira mostrou crescimento no trimestre móvel até fevereiro em comparação com os três meses imediatamente anteriores. É o que mostra o último levantamento sobre o mercado de trabalho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Houve redução nos grupamentos de Indústria (-2,0%, o que representa menos 244 mil pessoas), Construção (-4,0%, ou menos 277 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,7%, ou menos 435 mil pessoas).
De fato, a taxa de desocupação (12,6%) no trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018 subiu 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2017 (12,0%).
A população desocupada (13,1 milhões) aumentou 4,4%, ou seja, mais 550 mil pessoas em relação ao trimestre anterior (12,6 milhões). A população ocupada (91,1 milhões) recuou (-0,9% ou menos 858 mil pessoas). E, por mais que em relação ao mesmo trimestre de 2017, houve aumento de 2% na população ocupada, o número de empregados com carteira de trabalho assinada (33,1 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 1,8% (menos 611 mil pessoas), ante igual período de 2017. Esse contingente chegou ao seu menor nível na série histórica desde 2012.
“A reação da atividade econômica desde o ano passado já apresenta alguns desdobramentos favoráveis sobre o quadro do emprego no país, como vêm mostrando os dados da Pnad contínua do IBGE. Os avanços, porém, ainda são restritos quanto à sua intensidade e frágeis de um ponto de vista qualitativo. Com isso, o restabelecimento do emprego continua funcionando como um entrave a um crescimento mais vigoroso da economia”, aponta análise do Iedi.
Por outro lado, relatório do Itaú Unibanco, assinado por Artur Manoel Passos, aponta que com um crescimento de 3% esperado pela instituição para neste ano, haverá recuperação no mercado de trabalho e a taxa de desemprego deve atingir 11,7% no fim de 2018.
Fonte: DCI São Paulo