O desempenho menos expressivo da atividade econômica mineira no primeiro trimestre deste ano foi do setor industrial, com queda nas duas bases de comparação. Segundo o pesquisador da FJP, dois fatores foram determinantes para as retrações: o fraco desempenho da atividade de extração mineral e o resultado negativo do segmento de energia e saneamento.
Sobre a indústria extrativa, o professor ressaltou, além das chuvas do período, as mudanças nas estratégias da Vale em privilegiar as margens e reduzir a oferta de minério de ferro de menor qualidade, potencializando a produção no Sistema Norte, no Pará, e reduzindo no Sistema Sul-Sudeste, em Minas.
"Houve ainda a interrupção da extração no sistema Minas-Rio da Anglo American, ocasionado pelo vazamento de um mineroduto. Essa soma de fatores já nos levou a um nível de produção inferior ao observado na época do desastre da Samarco, ocorrido em 2015", alertou.
A construção civil, por sua vez, teve expansão de 0,3% nos primeiros três meses deste ano sobre o trimestre anterior, mas em relação ao primeiro trimestre de 2017 foi observada retração de 1,5%.
Já a indústria da transformação mineira apresentou, pelo quinto trimestre consecutivo, incremento no volume agregado. A expansão foi de apenas 0,2%, se comparada com as taxas observadas nos trimestres anteriores, mas aumenta para 4,2% quando analisada em relação ao resultado do início de 2017.
Os destaques dentre os segmentos industriais foram: fabricação de máquinas e equipamentos (18,9%), metalurgia (9,4%) e produção de veículos automotores (8,7%).
Fonte: Diário do Comércio de Minas