Os economistas do mercado financeiro mantiveram estimativa de inflação para 2018 em 4,11% e previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) desse ano em 1,5%. As expectativas dos analistas estão no mais recente boletim de mercado, também conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2018, de 4,11%, continua abaixo da meta de inflação que o Banco Central precisa perseguir neste ano, que é de 4,5% e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida pelo BC se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.
Para 2019, o mercado financeiro manteve sua expectativa de inflação estável em 4,10%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Produto Interno Bruto
Além de manter a estimativa de alta do PIB de 2018 em 1,5%, os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para o próximo ano, que continuou em 2,5%.
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no país.
Taxa de juros
Os analistas do mercado financeiro também mantiveram em 6,50% ao ano sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018. Com isso, o mercado estima que a taxa de juros fique estável no atual patamar de 6,50% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para esta terça e quarta-feiras (31 e 1º).
Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 permaneceu em R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2019, ficou estável também em R$ 3,70 por dólar.
A projeção do boletim Focus para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, subiu de US$ 57,5 bilhões para US$ 58 bilhões de resultado positivo.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit recuou de US$ 49,3 bilhões para US$ 49,15 bilhões. A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, ficou estável em US$ 67,5 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas caiu de US$ 80 bilhões para US$ 70 bilhões.
Fonte: G1 Brasília