O mercado financeiro aumentou a expectativa da inflação ao final deste ano para 4,15%, mostrou o relatório Focus divulgado ontem (13) pelo Banco Central (BC). No documento anterior, a previsão estava em 4,11%.
Na última quarta-feira (8), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que mede a inflação oficial –, embora tenha desacelerado entre junho e julho (de 1,26% para 0,33%), veio um pouco acima do esperado pelos analistas. Esse movimento pode ter puxado a revisão das estimativas desta segunda-feira.
Para o fechamento do ano que vem, contudo, a mediana das perspectivas de mais de cem consultados pela autoridade monetária brasileira foi mantida em 4,10%. Se confirmadas as projeções, o IPCA tanto de 2018, quanto de 2019, encerrará abaixo do centro da meta de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância.
Mesmo com a mudança no diagnóstico para a inflação ao final deste ano, os economistas entrevistados pelo BC continuam a esperar que a taxa básica de juros (Selic) termine em 6,5% ao ano, atual patamar. Essa estimativa está mantida há 11 semanas. Para 2019, o mercado também segue a prever Selic fechada a 8%.
No caso do Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das previsões com 74 consultados pela autoridade monetária aponta para um crescimento de 1,49%, ligeira queda se comparar ao resultado do relatório da semana passada (avanço de 1,50%).
Para o ano que vem, por outro lado, a projeção segue em expansão econômica acumulada de 2,5% há seis semanas. O mercado financeiro aguarda ainda que a produção industrial deve aumentar 2,79% neste ano (contra +2,85% projetados anteriormente no relatório Focus) e ter alta de 3% em 2019.
Fonte: DCI