São Paulo - Os trabalhadores brasileiros tinham, em média, 9,7 anos de estudo em junho deste ano, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE).
O indicador avançou 1 ponto desde março de 2012, quando era de 8,7 anos. O estudo utiliza como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Bruno Ottoni, responsável pelo estudo e pesquisador associado do FGV IBRE e IDados, analisou os números dividindo por setor. De acordo com os dados, o setor agropecuário se mantém na lanterna, com 5,6 anos de estudo em média, por trabalhador, apesar de ter sido o que mais avançou no período: de 4,5 anos em março de 2012, para 5,6 em março deste ano – um salto de 1,1 ponto.
“Em junho de 2018, o setor agropecuário se manteve estável em relação ao trimestre anterior. Já em março deste ano, houve aumento dos anos de estudo, comparativamente a dezembro de 2017. Esse aumento pode se dever ao crescimento do PIB do setor, que foi forte no ano passado, e tende a ser relevante também este ano”, analisou o pesquisador.
Outros destaques são o setor de Educação, com média de 12,6, seguido por Serviços, com 11,8. Para Ottoni, o bom desempenho deste último está relacionado ao aumento do número de vagas.
"O setor de Serviços tem sido, desde a década de 1980, o que mais tem gerado postos de trabalho. O crescimento do emprego nesse setor está diretamente associado ao aumento da sua participação na atividade econômica. Lembrando que desde a década de 80 a Indústria tem perdido participação, enquanto o setor de Serviços tem aumentado sua importância”, afirmou.
Em todos os setores houve avanço no nível de escolaridade. No Comércio, o indicador subiu de 9,1 para 9,7; o setor da Indústria teve salto de 8,8 para 9,6 anos. Já no de Transportes a média que era de 8,5 em 2012 alcançou 9,3 em março deste ano.
Fonte: DCI