Agosto registrou o oitavo resultado negativo consecutivo no ano nas vendas do comércio lojista da cidade do Rio de Janeiro. No acumulado dos oito meses ante o mesmo período do ano passado houve recuo de 4,3%.
A queda do mês também foi de 4,3%, em comparação com o mesmo mês de 2017. O número é resultado da pesquisa Termômetro de Vendas divulgada mensalmente pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), que abrange cerca de 500 estabelecimentos comerciais.
A pesquisa mostra ainda que todos os produtos de bens duráveis e de bens não duráveis registraram vendas negativas. Os setores que registraram as maiores quedas no faturamento no ramo duro foram óticas (-8,9%) móveis (-7,4%), jóias (-6%) e eletrodomésticos (-4,4%). Já no ramo mole foram tecidos (- 7,2%), calçados (-5%) e confecções (-3,4%).
Segundo o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, o desempenho negativo das vendas do mês de agosto continua refletindo a crise econômica, especialmente do Estado do Rio, com desemprego em alta. “A crise pela qual está passando o Estado do Rio de Janeiro, o aumento desenfreado dos camelôs e o crescimento do desemprego, continuam influenciando o fortemente o desempenho das vendas”, justificou por meio de nota.
Outros indicadores
Ainda segundo a pesquisa, as dívidas quitadas no comércio lojista da cidade cresceram 1,3% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com os registros do Serviço Central de Proteção ao Crédito do CDLRio.
As consultas (item que indica o movimento do comércio) recuaram 6,1% e a Inadimplência aumentou 1,1%. No acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2017, as dívidas quitadas e a inadimplência cresceram, respectivamente, 1% e 1%, e as consultas caíram 6,1%.
Ao comparar agosto com o mês anterior, os registros do CDLRio mostram que as consultas e a inadimplência aumentaram, respectivamente, 1% e 0,7%, e as dívidas quitadas diminuíram 0,3%.
Já segundo o LIG Cheque da entidade, no mesmo mês, as consultas e as dívidas quitadas diminuíram, respectivamente, 9,6% e 1,6% e a inadimplência cresceu 1,3%.
Fonte: DCI