Mercado prevê menos inflação e alta menor do PIB neste ano

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Os analistas das instituições financeiras baixaram a estimativa de inflação para 2018 e também reduziram a previsão de crescimento da economia para este ano. As expectativas constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.

 

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o mercado financeiro reduziu a previsão de 3,94% para 3,89% para este ano. Foi a sexta queda seguida deste indicador.

A expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.

 

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Para 2019, os economistas das instituições financeiras diminuíram sua expectativa de inflação de 4,12% para 4,11%, na quarta queda seguida do indicador. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

 

Produto Interno Bruto

 

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 1,39% para 1,32% na semana passada. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

 

A queda na previsão de alta do PIB para este ano aconteceu após a divulgação do resultado do terceiro trimestre - que apontou crescimento de 0,8% contra os três meses anteriores. Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro para expansão da economia subiu de 2,50% para 2,53%.

 

Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021 - que continuou em 2,5%.

 

Outras estimativas

 

• Taxa de juros - O mercado manteve estável em 6,50% ao ano a estimativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018 - atual patamar e piso histórico. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro permaneceu em 7,75% ao ano. Com isso, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
• Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,70 para R$ 3,75 por dólar. Para o fechamento de 2019, avançou de R$ 3,78 para R$ 3,80 por dólar.
• Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 ficou estável em US$ 58 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit permaneceu em US$ 52,2 bilhões.
• Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, continuou em US$ 70 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou inalterada em US$ 76 bilhões.

 

Fonte: G1

 


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