O dólar comercial fechou em queda frente ao real — recuando 0,58%, cotado a R $3,71—, e o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, voltou a fechar com pontuação recorde ontem, em alta de 0,36% aos 92.031 pontos. O índice já renovou a máxima histórica quatro vezes desde o início do ano. Ontem, o mercado financeiro reagiu a sinais de avanço nas negociações e à possibilidade de uma regra de transição mais dura na proposta de reforma da Previdência, como informou a Folha de S.Paulo.
Segundo o operador de câmbio de um banco em São pediu para não ser identificado, apesar da queda, a cotação de R $3,70é uma barreira importante, e dificilmente a moeda americana irá romper esse patamar enquanto não forem anunciadas medidas concretas pelo novo governo.
Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso, também aposta que o dólar só irá se desvalorizar mais frente ao real quando o Palácio do Planalto divulgar detalhes sobre a proposta de reforma da Previdência que deverá ser encaminhada ao Congresso.
— Ainda há uma euforia do mercado com o novo governo, e a expectativa é por medidas concretas, especialmente na Previdência. Acredito ser possível que o dólar chegue a R$ 3,50, mas para isso será preciso uma medida mais prática — diz Galhardo.
Para o gerente de mesa Bovespa da corretora H. Commcor, Ari Santos, o mercado está em compasso de espera. Alguns investidores aproveitam os ganhos recentes na Bolsa para vender ações e embolsar o lucro. Mas muitos estão comprando papéis enquanto esperam uma movimentação rápida do governo em relação à reforma da Previdência.
Fonte: Jornal O Globo - Rio de Janeiro