Uma pesquisa feita por uma universidade de Sorocaba (SP) apontou que está mais caro colocar comida na mesa na cidade. A alta nos preços já começa afetando um dos alimentos preferidos do brasileiro: o feijão. O quilo está 24% mais caro, custando entre R$ 4,99 e R$ 5,50.
Por conta disso, no carrinho da assistente administrativa Fabiana Simões Bartocci só vai o necessário, o suficiente para as refeições da semana. Evitar o desperdício e economizar são as metas deste ano. "Ao decorrer da semana, o que vai faltando, a gente vai comprando. Nada de deixar para o mês inteiro."
Entre os 34 itens pesquisados, a cebola teve um dos maiores reajustes desde novembro de 2018. A terceira alta consecutiva foi de 26%, o quilo foi para R$ 4.
Já a batata está no topo da lista dos preços altos. O quilo subiu mais de 77% e está custando R$ 4. "Ele abaixou, estava bem mais alto o preço, mas agora subiu de novo", conta a aposentada Maria Alice Ozório.
De acordo com a economista Carla Giuliani, os reajustes foram motivados por problemas no tempo e na distribuição dos produtos. "Nós tivemos aquele problema sério da greve dos caminhoneiros e depois eles têm também o valor do frete, que acabou aumentando o preço dos hortifrútis", explica.
Expectativa de melhora
O consumidor pode estar pagando mais do que gostaria por alguns produtos, mas, pelo menos, o valor da compra mensal ou semanal não vai ter grandes variações ao longo do ano, ainda segundo a economista.
Carla conta que ainda é cedo para dizer com certeza, mas a perspectiva do mercado para 2019 é de estabilidade nos preços.
A prova disso é que alguns itens já estão mais baratos. A principal oferta é do leite longa vida, que caiu 13%. O ovo aparece em segundo lugar, com uma queda de quase 8%. O alho também baixou, a redução média foi de 5,5%.
A cantora Juliana Cristina de Oliveira já notou esta mudança. "Eu achei que estão um pouco mais baratas algumas coisas mesmo, eu gostei."
A economista garante que, para passar o ano todo com a despensa cheia, sem comprometer o orçamento, é preciso ir em busca dos menores preços dos produtos.
"É a primeira coisa: fazer o comparativo entre os supermercados. Além disso, fazer o cardápio da semana e usar os hortifrútis da estação também ajuda no orçamento", finaliza.
Fonte: G1 Sorocaba e Jundiaí