Mercado espera que inflação de 2019 seja de 3,44%

Leia em 2min 20s

Instituições financeiras reduziram, pela sétima vez seguida, a estimativa para a inflação neste ano. De acordo com pesquisa do Banco Central (BC) ao mercado financeiro, a previsão para a inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deste vez, passou de 3,45% para 3,44%, em 2019.

 

Para 2020, foi mantida em 3,80%. A previsão para os anos seguintes também não teve alterações: 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022.

 

As estimativas para 2019 e o próximo ano estão abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

 

Quando o Comitê de Política Monetária aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

 

Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2019 em 5% ao ano. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a Selic de 6% para 5,5% ao ano.

 

A expectativa do mercado é que Selic voltará a ser reduzida em 0,5 ponto percentual em outubro e permanecerá em 5% ao ano na última reunião do ano marcada para dezembro.

 

O mercado não espera por alteração na Selic em 2020, com a taxa permanecendo em 5% ao ano. Para 2021, a expectativa é que a Selic termine o período em 6,75% ao ano. Na semana passada, a previsão era 7% ao ano. Para o fim de 2022, a expectativa é que a taxa chegue a 7% ao ano.

 

Crescimento da economia

 

A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi mantida em 0,87% em 2019.

 

As estimativas para os anos seguintes também não foram alteradas: 2%, em 2020; e 2,50%, em 2021 e 2022.

Dólar

 

A previsão para a cotação do dólar ao fim deste ano subiu de R$ 3,90 para R$ 3,95 e, para 2020, foi mantida em R$ 3,90.

 

Fonte: Agência Brasil


Veja também

Otimismo sobe, mas expectativa é de piora

A Pesquisa de Confiança dos Supermercados do Estado de São Paulo (PCS), feita pela Associaçã...

Veja mais
Brasileiros com alta renda são menos tributados

Enfrentando baixa arrecadação, déficit nas contas públicas e às vésperas de um...

Veja mais
Brasileiros acreditam que inflação será de 5,1% nos próximos 12 meses

A expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses ficou estáv...

Veja mais
CNC prevê a abertura de 8,7 mil pontos comerciais até o fim do ano

Cerca de 8,7 mil pontos comerciais devem ser abertos no país até o fim do ano, segundo levantamento divulg...

Veja mais
Bolsonaro sanciona com 4 vetos Lei da Liberdade Econômica

O presidente sancionou a Lei da Liberdade Econômica com quatro vetos, entre eles o que estabelecia um prazo de tra...

Veja mais
Confiança do consumidor vai a máxima desde março com FGTS no radar, diz FGV

A confiança do consumidor brasileiro melhorou em setembro e alcançou o maior patamar desde março, c...

Veja mais
Top 5 reduz previsão para Selic a 4,75% ao fim de 2019 após BC indicar novas reduções do juro

Analistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para o juro básico em 2019 e 2020 em 5,00...

Veja mais
Governo descarta mexer no reajuste do salário mínimo para conter despesas obrigatórias

O governo descartou a possibilidade de congelar o salário mínimo para conter o crescimento de despesas obr...

Veja mais
Previdência: Relator mantém gratificações na aposentadoria de servidores

Apesar de ter rejeitado as emendas para modificar a reforma da Previdência com potencial para desidratar a propost...

Veja mais