Segundo a PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o volume de vendas no varejo cresceu pelo terceiro mês seguido em agosto, mas perdeu o ritmo em relação aos meses anteriores. O indicador registrou taxa de 0,1% frente a julho deste ano.
As vendas foram impulsionadas principalmente pelos supermercados. Artigos de uso pessoal e doméstico também tiveram alta, o que é importante, pois de acordo com o IBGE, esses dois setores correspondem a mais de 60% do total do do varejo.
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, livros, jornais revistas e papelaria foram outros setores que cresceram nas vendas.
Sofrendo baixa e na contramão da alta no comércio estão os resultados das categorias relativas a tecidos, vestuário, calçados, perfumaria, eletrodomésticos, móveis, perfumaria, produtos médicos, ortopédicos, combustíveis e lubrificantes.
VEJA O DESEMPENHO EM NÚMEROS
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 3,8% ⇑
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 0,6% ⇑
Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 0,2% ⇑
Livros, jornais, revistas e papelaria: 0,2% ⇑
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -0,3% ⇓
Material de construção: -0,8% ⇓ (varejo ampliado)
Veículos, motos, partes e peças: -1,7% ⇓ (varejo ampliado)
Móveis e eletrodomésticos: -1,5% ⇓
Tecidos, vestuário e calçados: -2,5% ⇓
Combustíveis e lubrificantes: -3,3% ⇓
Nesse ano o comércio acumulou alta de 1,2% e um avanço de 1,3% em comparação a agosto do ano passado. Nos últimos 12 meses, no entanto, houve uma desaceleração – a taxa de crescimento passou de 1,6% em julho para 1,4% em agosto. Os resultados mostram uma pequena perda no ritmo de crescimento, mas deixam o setor no mesmo patamar de 2015.
Perspectivas
Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio atingiu o maior patamar em cinco meses. Mesmo que alavancada na informalidade, a geração de postos de trabalho estão crescendo e os juros têm apresentado queda, o que deixa o cenário em condições favoráveis para o setor varejista.
O comércio está apostando suas fichas no segundo semestre de 2019. A CNC estima que a liberação dos saques das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) irá gerar cerca de R$ 13,1 bilhões e cerca de 44% do total está previsto para ser destinado para gastos no comércio e consumo de serviços.
Fonte: No Varejo