Após a deflação registrada em setembro, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão de inflação para todo ano de 2019, que passou de 3,42% para 3,28%. Foi a décima queda seguida do indicador.
A projeção consta no boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central (BC). O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Com isso, a expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2020, o mercado financeiro baixou a estimativa de inflação de 3,78% para 3,73%. Foi a terceira queda seguida do indicador. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar entre 2,5% e 5,5%.
PIB
Para este ano, a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu estável, em 0,87%. Para 2020, a previsão de crescimento do PIB continuou em 2%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Para 2019, a previsão do Banco Central é de uma alta de 0,8%, e a do Ministério da Economia é de um crescimento de 0,85%.
Outras estimativas
· Taxa de juros - O mercado manteve em 4,75% ao ano a previsão para a taxa Selic no fim de 2019. Atualmente, a taxa de juros está em 5,5% ao ano. Com isso, o mercado segue prevendo queda nos juros neste ano. Para o fim de 2020, a projeção recuou de 5% para 4,75% ao ano. Com isso, o mercado passou a prever estabilidade da Selic no ano que vem.
· Dólar - A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu em R$ 4 por dólar. Para o fechamento de 2020, continuou em R$ 3,95 por dólar.
· Balança comercial - Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 recuou de US$ 50,55 bilhões para US$ 50,43 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado caiu de US$ 47,50 bilhões para US$ 47 bilhões.
· Investimento estrangeiro - A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, recuou de US$ 83 bilhões para US$ 81,85 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas passou de US$ 84 bilhões para US$ 83,20 bilhões.
Fonte: G1 - Economia