O índice que mede a confiança da indústria recuou 1,0 ponto em outubro em relação a setembro, para 94,6 pontos, o menor valor desde em outubro de 2018 (94,2 pontos), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
“O resultado de outubro sugere, além de um início morno no quarto trimestre, aumento da cautela dos empresários em relação ao futuro. Além do fraco desempenho produtivo sugerido pela tímida evolução do Índice de Situação Atual nos últimos meses, causa preocupação a queda do Índice de Expectativas neste mês. Este indicador, que vinha oscilando desde maio em torno dos 95 pontos, atingiu o menor nível desde outubro de 2018, sinalizando que há ainda muito caminho a percorrer até a recuperação da confiança dos empresários”, comenta Renata de Mello Franco, economista da FGV/IBRE.
A confiança recuou em 10 dos 19 segmentos industriais pesquisados em outubro. O Índice de Expectativas diminuiu 1,3 ponto, para 93,9 pontos, o menor valor desde julho de 2017 (93,1 pontos). Já o Índice de Situação Atual recuou 0,5 ponto, para 95,4 pontos.
Após evoluir favoravelmente nos últimos dois meses, as expectativas com a evolução do pessoal ocupado nos próximos três meses voltaram a piorar.
Apesar da parcela das empresas que preveem aumento do quadro de pessoal ter se mantido estável em 14,9% em relação a setembro, houve aumento da proporção das empresas que esperam redução, de 15,1% para 19,2%. Por esse motivo, o indicador de emprego previsto apresentou queda de 2,0 pontos, exercendo a maior influência sobre o Índice de Expectativas.
Em relação ao Índice de Situação Atual, houve piora na percepção dos empresários em relação aos negócios e ao nível de demanda corrente. O indicador de demanda total caiu 1,7 ponto para 95,1 pontos e o indicador de situação atual dos negócios reduziu 1,9 ponto, respectivamente para 93,4 pontos. Ambos alcançaram o menor valor desde novembro de 2018 (94,4 pontos e 93,4 pontos, respectivamente).
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 0,3 ponto percentual, voltando para o mesmo nível de agosto, 75,8%.
Fonte: G1 - Economia