Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2019, divulgada nesta quarta-feira (6/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, a população branca ganhou, em média, 73,9% a mais do que a população preta ou parda, mesmo na remuneração por horas trabalhadas. No mesmo ano, o rendimento-hora da população branca foi de R$ 17,45 a mais que da população preta ou parda, que tinha um rendimento hora de R$ 10,10. A maior diferença absoluta na remuneração por hora esteve entre os trabalhadores com nível superior completo: R$ 32,8 para brancos e R$ 22,7 para pretos ou pardos.
A pesquisa mostra também que a taxa de desocupação da população preta ou parda foi de 14,1%, contra 9,5% para a população branca. As pessoas pretas ou pardas representaram, em 2018, 53,7% dos ocupados, mas 66% dos subocupados por insuficiência de horas.
Os 10% da população que ganham mais, receberam 13 vezes a renda dos 40% da população que ganha menos. As unidades da Federação com as maiores diferenças foram Piauí (acima de 18 vezes), Paraíba e Sergipe (em torno de 16 vezes) e as menores estavam em Santa Catarina, Goiás, Alagoas e Mato Grosso (todas abaixo de 10 vezes), segundo o IBGE.
Além disso, segundo a síntese, entre os trabalhadores brancos, 34,6% tiveram trabalho informal, enquanto entre os trabalhadores pretos ou pardos, 47,3% estiveram na informalidade. A presença dos pretos ou pardos foi mais acentuada em atividades com os menores rendimentos: agropecuária (60,8%); construção (62,6%); e serviços domésticos (65,1%). Já as pessoas de cor ou raça branca predominam nos grupos melhor remunerados, como informações, finanças e outras atividades profissionais.
Fonte: Correio Braziliense