O consumo no Brasil vem se recuperando lentamente. De acordo com estudo da XP Investimentos, não houve uma recuperação significativa nos últimos dois anos, já que as vendas ficaram estáveis. As vendas de bens duráveis e vestuário, por exemplo, vêm caindo uma média de 1% ao ano desde 2010.
Por outro lado, uma esperança é a evolução do crédito ao consumidor, que aumentou 15% em três meses. O crescimento foi de 12% em relação ao primeiro trimestre de 2019 e 8% na comparação com o terceiro trimestre de 2018. A XP prevê que esta melhora no acesso ao crédito ajude a aumentar as vendas.
A previsão é que o 4º trimestre apresente bons resultados, mas de forma lenta. De acordo com a XP, esta lentidão na recuperação econômica acontece devido à dependência do setor privado. Com as reformas propostas pelo governo, os investimentos realizados por empresa no Brasil devem crescer, ajudando a acelerar a economia.
Os economistas da XP preveem um crescimento de 1,6% do PIB no quarto trimestre deste ano, graças ao aumento do consumo no final do ano.
Já as expectativas para 2020 incluem uma lenta queda do desemprego e inflação baixa, contribuindo para a valorização dos salários e melhora da economia. O poder de compra do brasileiro deve crescer, aumentando a confiança e ajudando na recuperação do varejo.
Os canais online devem continuar crescendo, com previsão de que o e-commerce dobre de tamanho nos próximos quatro anos no Brasil. As vendas digitais devem chegar a R$ 180 bilhões em 2023, com crescimento de 10% no varejo como um todo, contra os 7% atuais. O crescimento médio anual do e-commerce previsto para o período de 2019 a 2023 é de 19%.
O varejo digital ainda tem um grande potencial para crescer no Brasil. As vendas online de vestuário no Brasil são de apenas 5%, enquanto nos Estados Unidos o percentual é de mais de 20%. Deve acontecer uma consolidação do e-commerce no Brasil. Os quatro maiores operadores de varejo online no Brasil (Mercado Livre, B2W, Magazine Luiza e Via Varejo) têm 77% de participação de mercado. Há apenas dois anos, elas controlavam 60% do mercado.
Fonte: Mercado e Consumo