Os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação para este ano pela quinta semana seguida, e também passaram a projetar um crescimento maior da economia brasileira. As projeções constam no boletim de mercado conhecido como relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central (BC). Os dados resultam de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
De acordo com a instituição, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2019 de 3,52% para 3,84%. A expectativa de inflação do mercado para 2019 segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
Para 2020, o mercado financeiro manteve em 3,60% sua previsão. No próximo ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar de 2,5% a 5,5%.
Produto Interno Bruto
Na semana passada, o mercado financeiro também elevou a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano, que passou de 0,99% para 1,10%.
Para o ano que vem, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 2,22% para 2,24% - na quinta alta seguida.
O crescimento na expectativa de alta do PIB de 2019 aconteceu após a divulgação do resultado do terceiro trimestre - que apontou para uma expansão de 0,6% contra os três meses anteriores.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Outras estimativas
• Taxa de juros: o mercado manteve a previsão para a taxa Selic no fim de 2019 em 4,5% ao ano. Atualmente, a taxa de juros está em 5% ao ano. Com isso, o mercado segue prevendo queda nos juros em 2019. Para o fim de 2020, a projeção continuou em 4,5% ao ano, de modo que o mercado mantém a previsão de juros estáveis no ano que vem.
• Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2019 subiu de R$ 4,10 para R$ 4,15 por dólar. Para o fechamento de 2020, subiu de R$ 4,01 para R$ 4,10 por dólar.
• Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 subiu de US$ 43,50 bilhões para US$ 43,60 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado caiu de US$ 40 bilhões para US$ 38,95 bilhões.
• Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, ficou estável em US$ 75 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas permaneceu em US$ 80 bilhões.
Fonte: G1