Na pasta da Economia, PPI deve ficar a cargo do secretário de desestatização

Leia em 1min 40s

A transferência do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) da Casa Civil para o Ministério da Economia, publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial, representa uma vitória e concretiza um desejo antigo do ministro Paulo Guedes.

Para ele, era natural que o departamento de concessões e privatizações do governo ficasse sob o guarda-chuva de técnicos da economia, e não sob a responsabilidade da articulação política do governo, segundo interlocutores do ministro.

Na Economia, a maior chance é que o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, fique com o programa. O empresário já cuida das estatais e das privatizações do governo federal. O desenho final só vai ser definido na próxima segunda-feira, numa reunião semanal que Guedes faz com o secretariado.

Assim que soube da decisão de Bolsonaro, Guedes pediu à sua equipe para conversar com os técnicos do PPI, mapear a atual estrutura do órgão e desenhar como ele ficará na Economia.

O PPI sempre teve forte influência do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que indicou a atual secretária especial do programa, Martha Seillier. Em 2019, os destaques do programa foram justamente concessões de portos, aeroportos e rodovias, ligadas diretamente à pasta da Infraestrutura.

A proximidade do PPI com a Infraestrutura já era alvo de críticas reservadas de Mattar e sua equipe, para quem o programa não tocava com o mesmo empenho as demais privatizações. Em 2019, apenas a venda de subsidiárias de estatais avançou, num tipo de operação realizada pelas próprias empresas. Até agora, o governo não conseguiu privatizar ou fechar nenhuma estatal de controle direto da União.

É por isso que fontes do ministério avaliam que Seillier pode perder o cargo assim que o PPI for transferido oficialmente para Mattar. Ela estava entre as integrantes do voo da FAB liderado pelo ex-secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini, que usou a aeronave para se deslocar de Davos, na Suíça, à Nova Delhi, na Índia.             

Fonte: O Globo


Veja também

IGP-M poderá cair, com carnes e efeito de coronavírus em commodities, diz FGV

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) já mostrou em janeiro a descompressão do choque d...

Veja mais
Qual foi a queda do desemprego em 2019? Vem aí a resposta do IBGE

Nesta sexta-feira (31) foi conhecida a taxa de desemprego com a qual o Brasil encerrou 2019. Às 9 horas, o Instit...

Veja mais
Gastos invisíveis podem colocar o consumidor na lista de negativados

A falta de controle com gastos supérfluos, como tomar um sorvete no shopping ou ir ao cinema, pode colocar o cons...

Veja mais
Confiança dos empresários cai em SP

A confiança dos empresários do estado de São Paulo caiu no início deste ano, passando de 129...

Veja mais
Crescimento da economia na margem pode chegar a 3% este ano, diz presidente do BB

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, avalia que 2020 será um ano difícil para o setor banc&aacut...

Veja mais
Incerteza da economia cresce 0,5 ponto em janeiro, diz FGV

O Indicador de Incerteza da Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 0,5 ponto na passagem de dez...

Veja mais
Cartão de crédito tem os juros mais altos de 2019, chegando a 319% ao ano

O cartão de crédito fechou 2019 como a modalidade de crédito mais cara do país. Em dezembro,...

Veja mais
Carnes: Banco Central espera menor impacto de preços na inflação em 2020

O presidente da entidade, Roberto Campos, reconheceu que em 2019 o impacto monetário sobre o preço da prot...

Veja mais
Novidade da reforma trabalhista, vagas intermitentes aceleraram em 2019

 Uma das novidades da reforma trabalhista, os contratos de trabalho intermitente estão crescendo em nú...

Veja mais