Governo quer antecipar até três anos de saque do FGTS para concessão de crédito

Leia em 1min 50s

Diante do baixo crescimento da economia brasileira, o governo avalia novas medidas para liberar mais recursos do FGTS e, assim, estimular o consumo e a atividade econômica.
Uma das ideias em estudo é permitir que os trabalhadores que optarem pelo saque-aniversário — aquele que prevê retiradas anuais do Fundo — possam antecipar os resgates em até três anos somente para operações de crédito.

O montante poderá ser sacado em dinheiro, como na antecipação do Imposto de Renda ou usado como garantia de empréstimo em qualquer banco. Se aprovada, a medida pode alavancar R$ 100 bilhões em empréstimo, prevê a equipe econômica.

O novo mecanismo está previsto em uma minuta de proposta do Ministério da Economia, a ser submetida ao Conselho Curador do FGTS no fim deste mês. Se aprovado, a expectativa é que ele aumente a adesão dos trabalhadores ao saque-aniversário em cerca de oito milhões de pessoas.

De acordo com o último balanço da Caixa, só 2,616 milhões de trabalhadores aderiram a essa modalidade. Eles terão direito de retirar R$ 3,676 bilhões entre abril deste ano, quando começa o calendário de retirada dessa categoria de resgate, até fevereiro de 2021.
Em julho de 2019, o governo criou duas modalidades de saque do FGTS: o saque imediato é o que permite a retirada de R$ 500 por conta, ativa ou inativa do Fundo, e pode ser feito apenas uma vez. No saque-aniversário, o valor do saque varia conforme o saldo. Quanto maior ele for, menor o percentual a ser resgatado.

Quem opta pelo saque-aniversário não pode retirar recursos do Fundo em caso de demissão sem justa causa. Para que isso ocorra, o trabalhador que fez essa opção terá de voltar para o sistema tradicional do FGTS, o que só pode ser feito dois anos a contar da adesão à nova modalidade.

Se aprovada, a ampliação do acesso ao FGTS será a sétima medida anunciada pelo governo para estimular a economia desde julho de 2019. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB, soma de produtos e serviços produzidos) cresceu pouco mais de 1% pelo terceiro ano seguido. E o consumo das famílias, motor da economia, teve o pior desempenho desde 2016.

 

Fonte: IG


Veja também

Sem previsão de acordo, Supremo faz nova reunião sobre tabela de frete

Ainda sem previsão de acordo entre caminhoneiros e o setor produtivo, o Supremo Tribunal Federal (STF) promover&a...

Veja mais
A preparação de sucessores para o novo varejo será tema de painel da Convenção ABRAS

...

Veja mais
União deve acelerar envio da reforma tributária

Na semana em que o dólar bateu recordes de altas sucessivas e foi anunciado o crescimento magro de 1,1% no Produt...

Veja mais
Para estimular PIB, governo quer antecipar três anos de saque do FGTS para crédito

Diante do baixo crescimento da economia brasileira, o governo avalia novas medidas para liberar mais recursos do FGTS e,...

Veja mais
Mercado prevê pela 1ª vez crescimento do PIB abaixo de 2% em 2020

Os analistas do mercado financeiro reduziram, pela primeira vez, a estimativa de crescimento da economia brasileira para...

Veja mais
Consumo das famílias puxa PIB, mas perde fôlego

Apesar dos recursos extraordinários e da redução dos juros à mínima histórica,...

Veja mais
Prévia da inflação oficial fica em 0,22% em fevereiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflaç&at...

Veja mais
Indicador da FGV que mede tendência de emprego cai em fevereiro após 3 altas seguidas

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) interrompeu três meses de altas e recuou em fevereiro, indicando cautel...

Veja mais
Economia prevê alta acima de 2% mesmo com coronavírus

A equipe econômica irá cortar a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ...

Veja mais