Crise fez taxa de inovação de empresas cair no Brasil a partir de 2015, aponta IBGE

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A intensa retração econômica vivida pelo Brasil a partir de 2015 impactou diretamente na inovação de processos e produtos das empresas nacionais. É o que aponta um levantamento divulgado nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Realizado entre 2015 e 2017, o levantamento mostrou que 33,6% das 116.962 empresas brasileiras com dez ou mais funcionários fizeram algum tipo de inovação em produtos ou processos neste período.

 

Este percentual ficou 2,4 pontos percentuais (p.p) abaixo da taxa registrada no triênio anterior, de 2012 a 2014, quando 36% das empresas inovaram de algum modo.

O IBGE enfatizou que a retração econômica do período é um dos principais fatores de influência para a queda da taxa de inovação no país. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil recuou em 2015 e em 2016, configurando a pior recessão da história do país.

 

Dentre as empresas que pesquisadas no triênio 2015-2017, 5,1% fizeram inovação em produto, 14,7% inovaram somente em processo e outras 13,7% inovaram em produto e em processo. Diante disso, o estudo aponta que "a inovação de processo tende a moldar o comportamento da taxa geral de inovação"

Segundo levantamento, a indústria foi a mais afetada, com o percentual de empresas inovadoras caindo de 36,4% em 2014 para 33,9% em 2017 - o menor patamar das três últimas edições.

 

Já o setor de Eletricidade e Gás reduziu sua taxa de inovação de 29,2% para 28,4%, enquanto o de Serviços Selecionados viu a taxa cair de 32,4% para 32% - uma redução, respectivamente, de 0,8 p.p. e 0,4 p.p. Segundo o IBGE, ambos mantiveram tendência de queda iniciada no triênio 2012-2014.

Para além da queda na taxa de inovação, o IBGE apontou que houve queda nos investimentos em atividades inovativas e nos incentivos do governo. No triênio 2015-2017, 26,2% de empresas inovadoras foram beneficiadas com algum tipo de apoio à inovação, enquanto no triênio anterior esse percentual foi de 39,9%.


Fonte: G1


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