Mercado financeiro projeta queda de 5,62% na economia este ano

Leia em 2min 30s

A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 5,66% para 5,62%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - está no boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

 

Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 11 semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.


Inflação


As instituições financeiras consultadas pelo BC mantiveram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 1,63%, neste ano.

Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%, há oito semanas consecutivas. A previsão para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.

 

A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

 

Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

 

Selic


Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 4,9% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano.

 

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

 

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

 

Dólar


A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.



Fonte: Agência Brasil

 


Veja também

Senado aprova teto para juros do rotativo e cheque especial

O Senado Federal aprovou na quinta-feira um projeto que coloca um teto de 30% ao ano nos juros do cartão de cr&ea...

Veja mais
Inflação pelo IGP-DI sobe 2,34% em julho, diz FGV

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve inflação de 2,34% em ...

Veja mais
Brasil tem taxa de informalidade de 37% no trimestre fechado em junho

A pandemia causada pelo coronavírus provocou uma perda generalizada de postos de trabalho no trimestre encerrado ...

Veja mais
BH tem inflação de 3,28% em 12 meses

Em 12 meses, a inflação em Belo Horizonte foi de 3.28%. segundo pesquisa do Instituto Ipead/UFMG. abaixo d...

Veja mais
Preços dos alimentos no mundo sobem pelo 2° mês consecutivo

Os preços mundiais de alimentos subiram em julho, impulsionados pelos óleos vegetais, laticínios e ...

Veja mais
Custo da cesta básica caiu em 13 capitais no mês de julho, diz Dieese

No mês de julho, o custo da cesta básica caiu em 13 das 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindi...

Veja mais
População desocupada sobe para 12,4 milhões em julho, diz IBGE

A população desocupada do país, entre 12 e 18 de julho, chegou a 12,4 milhões de pessoas, um...

Veja mais
Inflação medida pelo INPC registra 0,44% em julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias c...

Veja mais
Inflação oficial fica em 0,36% em julho, diz IBGE

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo...

Veja mais