Comércio varejista de Pernambuco tem alta de 10,3% entre maio e junho, aponta IBGE

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Pernambuco teve uma alta de 10,3% no comércio varejista, em junho de 2020, em comparação com o mês de maio, quando o estado passava por medidas mais intensas de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus.

O resultado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o melhor ao comparar-se dois meses consecutivos. Os números foram divulgados na quarta (12) e são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).

O índice calculado pelo IBGE leva em conta, ainda, o ajuste sazonal entre um mês e o outro. A média nacional no mesmo período foi de 8%.

Em maio, também houve aumento em relação a abril, com variação positiva de 9,9%. No quarto mês do ano, no entanto, o recuo foi de 16,6%, o pior resultado em quase 20 anos.

O IBGE informou que "os resultados positivos do mês de junho foram possíveis porque a base de comparação era baixa, ou seja, o recuo no varejo em abril havia sido muito forte".

Com isso, segundo o instituto, o índice de vendas no comércio varejista no mês de maio e junho chegou ao mesmo patamar do mês de março, quando foram implementadas as primeiras medidas de distanciamento social.

Em comparação com os resultados do comércio varejista entre junho de 2020 e junho de 2019, houve queda de 6,4%, enquanto, no Brasil, houve alta de 0,5%. No estado, a variação acumulada do ano, tomando como base os meses de janeiro a junho do ano anterior, chegou a 7,8% negativos, e o acumulado nos últimos 12 meses também seguiu tendência de queda, com queda de 2,7%.

Este foi o segundo pior resultado por primeiro semestre registrado pela PMC desde o início da pesquisa, sendo superado somente pelo primeiro semestre de 2016, cuja taxa foi de 11,4% negativos.

Em Pernambuco, tanto a variação acumulada no ano quanto a variação acumulada em 12 meses apresentaram recuo maior que do Brasil. O país apresentou, respectivamente, uma queda de 3,1% e uma alta, próxima da estabilidade, de 0,1%.

No caso do comércio varejista ampliado, que inclui aos setores de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas teve aumento no mês de junho em relação a maio, com alta de 14,8%.

Em relação a junho de 2019, no entanto, o comércio varejista ampliado registrou um recuo de 2,7%. Todas as outras variações também foram negativas: a queda acumulada no primeiro semestre 2020 foi de 8,7% e a baixa acumulada nos últimos 12 meses foi de 1,2%.

Das 13 atividades pesquisadas, seis apresentaram queda em junho de 2020. A maior foi verificada no comércio varejista ampliado em Pernambuco foi observada no setor de livros, jornais, revistas e papelaria, que teve um índice negativo de 63,6% em comparação a junho de 2019.

Este grupo de atividades ostenta a maior variação negativa acumulada nos últimos 12 meses: queda 16,1%. Em maio, o mesmo setor havia registrado um recuo ainda maior, de 85,2%, em comparação a maio de 2019.

A segunda maior queda foi na venda de tecidos, vestuário e calçados, com redução de 57,2% entre junho de 2020 e o mesmo mês do ano passado. O segmento também tem a pior variação acumulada do ano em comparação ao igual período de 2019, com queda de 39,3%.

Os outros setores que apresentaram recuos foram os de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com queda de 36,7%; combustíveis e lubrificantes, com baixa de 21,6%; outros artigos de uso pessoal e doméstico, como lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos ou brinquedos, com diminuição de 9,3% e, por fim, veículos, motocicletas, partes e peças, com baixa de 6,7%.

O setor de móveis e eletrodomésticos registrou aumento nas vendas de 43%, desempenho puxado pelo resultado positivo de 56,6% na comercialização de eletrodomésticos.

Os móveis também tiveram alta, com 7,8% de variação. Houve índice positivo dos materiais de construção, com aumento de 30%.

Os hipermercados e supermercados tiveram alta de 18,2% entre junho de 2019 e junho de 2020. Quando se considera o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, o avanço foi de 13,4%.

Os artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 5,2%, de alta, completam a lista de atividades nas quais houve uma reação nos números de junho em comparação ao mesmo período do ano passado.

Turismo

Foram realizadas 645 mil viagens em 2019, em Pernambuco. Destas, 97,3% (628 mil) foram nacionais e 2,7% (17 mil), internacionais.

Além disso, 576 mil viagens (89,3%) foram realizadas por motivos pessoais e as 69 mil restantes (10,7%), por razões profissionais. No Brasil, a proporção de viagens por motivos pessoais é de 85,6%.

O levantamento, divulgado pela primeira vez, traz dados sobre a natureza do deslocamento dos turistas pernambucanos. A pesquisa foi realizada pelo IBGE em convênio com o Ministério do Turismo, durante o terceiro trimestre de 2019.

Dos cerca de 3,2 milhões de domicílios pernambucanos, em 497 mil (15,3% do total) foi registrada ao menos alguma viagem que tinha sido finalizada no período de referência.

O estado está em 11° lugar nacional no número de lares em que houve alguma viagem, mas, em termos proporcionais, ocupa a antepenúltima posição, à frente apenas do Amapá (14,7% do total de domicílios) e Alagoas (11,4% do total).

Dos 2 milhões e 758 mil domicílios onde não foram registradas viagens no período de referência, as principais causas alegadas foram falta de dinheiro (55,5%), não ter havido necessidade (17%) e falta de tempo (12,1%).

As demais razões alegadas foram falta de interesse (5,8%), problemas de saúde (3,8%), não ser prioridade (3%). Outros motivos, como não gostar de viajar e não ter companhia, compõem os 2,8% restantes. No Brasil, a porcentagem de domicílios em que os moradores deixaram de viajar por não ter dinheiro é menor: 48,9%.

De acordo com a PNAD Turismo, Pernambuco foi o 11° estado mais visitado do Brasil em 2019, com 652 mil viagens nacionais e recebendo 3,2% do total dos deslocamentos dentro do Brasil.

O estado é o terceiro do Nordeste que mais recebeu viajantes, atrás da Bahia, na terceira posição nacional (8,7%) e do Ceará, no oitavo lugar do (4,3%).

Pernambuco também ocupa a 11° posição no ranking das unidades da federação com maior número de viajantes, sendo local de origem de 3% das viagens nacionais, totalizando 628 mil deslocamentos.

O principal motivo pessoal para viajar alegado pelos entrevistados foi o lazer (36,2% das viagens). Das 209 mil viagens feitas com esse objetivo por moradores de Pernambuco, 44,7% foram para aproveitar sol e praia; 32,1% tiveram finalidade cultural; 13,3% estavam ligados a outros tipos de viagem, tendo como objetivo, por exemplo, a prática de esportes, e os 10% restantes estavam relacionados à natureza, ecoturismo e aventura.

Além disso, 30,1% das viagens foram para visita a parentes e amigos. Em seguida vêm tratamento de saúde e bem-estar (23%), compras pessoais (5,4%), outros eventos, como cruzeiros, cursos, estudos e congressos (2,4%), eventos familiares ou de amigos (1,9%) e região e peregrinação (1,1%).

Na pesquisa, a casa de amigos ou parentes foi apontada como o principal local de hospedagem, representando 45,4% de todas as viagens realizadas.

Na sequência, com 31,2%, ficou a opção “outros”, que incluem resorts, aluguel de apartamentos por temporada ou Airbnb, albergue ou hostel e camping. O terceiro lugar ficou por conta dos hoteis e flats (14,9%), seguidos pelas pousadas (6,1%) e por imóvel próprio (2,1%).

Além disso, o carro particular ou de empresa foi o principal meio de transporte utilizado nas viagens em Pernambuco, com 40% do total. O avião (14,9%) e o ônibus de linha (14,1%) vêm logo em seguida.

O quarto lugar é ocupado por outros meios de transporte (carro alugado, navio, barco, táxi, aplicativo de transporte, trem), com 10,5% da preferência dos viajantes. Os modais restantes são os ônibus de excursão, fretado ou turismo (5,8%), e motocicletas (2,2%).

Indústria

Na terça (11), o IBGE informou que Pernambuco teve um crescimento de 3,5% na produção industrial, entre maio e junho. De acordo com o órgão, a variação, apesar de positiva, é menor que a média brasileira, de 8,9%, e que a de toda a região Nordeste, que teve 8% a mais, entre os dois meses.

Comparando-se o mês de junho de 2020 com o mesmo período em 2019, houve um aumento de 2,8%. O desempenho foi melhor que o do Brasil, que teve queda de 8% entre os dois anos. Na relação entre o primeiro semestre deste ano com o anterior, a queda em Pernambuco foi de 3,6%.


Fonte: G1 


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