Banco Central projeta inflação de 2,1% para este ano

Leia em 2min 40s

A inflação deve fechar em 2,1% este ano, segundo projeções publicadas no Relatório de Inflação divulgado hoje (24), em Brasília, pelo Banco Central (BC). Se a estimativa se confirmar, a inflação ficará abaixo da meta que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

 

Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo em cada ano. As projeções para a inflação, divulgadas trimestralmente pelo BC, estão em quatro cenários elaborados com base em estimativas para o câmbio e a taxa básica de juros, a Selic. As projeções são para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.

 

No cenário com Selic (2% ao ano) e câmbio (R$ 5,30) constantes, a estimativa de inflação subiu de 1,9% para 2,1% este ano. Para 2021, a projeção foi mantida em 3%, e para 2022 foi ajustada de 3,6% para 3,8%. A projeção para 2023, divulgada pela primeira vez no relatório de hoje, é 4,6%.

 

Já no cenário com a Selic e o câmbio estimados pelo mercado financeiro (pesquisa Focus), o IPCA fica em 2,1% (contra 2,4% projetado em junho) este ano, chega a 2,1% (em junho, 3,2%) em 2021, e sobe para 3,1% em 2022 (3,2% no relatório anterior). A projeção para 2023 é 3,3%.

 

No cenário com Selic da pesquisa Focus com o câmbio constante, as projeções ficam em 2,1% em 2020, 2,9% em 2021, 3,3% em 2022 e 2023. No último cenário - considerando a Selic constante e o câmbio da pesquisa Focus - o IPCA fecha 2020 em 2,1%, sobe para 2,7% no próximo ano, termina 2022 em 3,6% e 2023, em 4,6%.

 

Projeções para os próximos meses


As projeções de curto prazo consideram variações no IPCA de 0,40%, 0,30% e 0,27% para setembro, outubro e novembro. "Caso se concretize, a inflação de 0,97% no trimestre implicará aumento da inflação acumulada em 12 meses, de 2,44% em agosto para 2,85% em novembro", diz o Banco Central no relatório.

 

Em dezembro, a inflação acumulada em 12 meses deve recuar "acentuadamente" para 2,1%, "com o descarte da alta atipicamente elevada observada em dezembro de 2019, na esteira do choque nos preços das carnes".

 

O BC destaca que, no cenário de curto prazo, haverá pressão sobre o preço dos alimentos e reversão da queda nos preços de serviços. "O aumento dos índices de mobilidade deve resultar em elevação de preços que ainda estão deprimidos, como os de passagem aérea, hospedagem, alimentação fora do domicílio e vestuário", informa o BC.

 

Nos preços administrados, o Banco Central destacou o recuo que será registrado nas tarifas de planos de saúde em setembro, refletindo a suspensão dos reajustes no ano de 2020, e a projeção de redução no preço da gasolina a partir de outubro.

 

 

Fonte: Agência Brasil

 


Veja também

Projeção de crescimento do crédito em 2020 sobe para 11,5%

O Banco Central (BC) aumentou a projeção para a expansão do crédito este ano de 7,6% para 11...

Veja mais
Governo destina R$ 10 bilhões para micro e pequenos empresários

O governo federal liberou R$ 10 bilhões para a concessão de empréstimos para microempreendedores in...

Veja mais
Confiança do consumidor sobe em setembro, mas segue abaixo do nível pré-pandemia

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 3,2 pontos ...

Veja mais
Desemprego subiu 27,6% em quatro meses de pandemia

A população desocupada no Brasil, que era de 10,1 milhões em maio, passou para 12,3 milhões ...

Veja mais
Prévia da inflação em setembro fica em 0,45%, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) , que mede a prévia da inflaç...

Veja mais
Caixa paga R$ 2,6 bilhões de auxílio a 4 milhões de beneficiários

A Caixa realiza hoje (23) o pagamento de R$ 2,6 bilhões do auxílio emergencial para 4 milhões de pe...

Veja mais
Indicadores recentes sugerem recuperação parcial da economia, diz BC

A economia brasileira apresenta recuperação parcial, assim como ocorre em outros países. A avalia&c...

Veja mais
Brasileiros acreditam que inflação ficará em 4,7% em 12 meses

Os consumidores brasileiros acreditam que a taxa de inflação ficará acumulada em 4,7% nos pró...

Veja mais
CNI: atividade industrial segue em recuperação com alta do emprego

A atividade industrial continua em recuperação e já se encontra no patamar pré-crise, de aco...

Veja mais