Mercado de trabalho registra estabilidade na 2ª semana de setembro

Leia em 3min 30s

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (2) mais uma edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19. O levantamento, referente à semana de 6 a 12 de setembro, revela estabilidade nos principais indicadores do mercado de trabalho.

 

A taxa de desocupação alcançou 14,1%, percentual que se situa entre as duas últimas pesquisas. Na primeira semana de setembro, ela ficou em 13,7% e na última semana de agosto em 14,3%. Já os ocupados representam 48,4% da população, apenas 0,01% a mais do que no levantamento anterior. De acordo com o IBGE, essas variações não são significativas.

 

"Os dados mostram resultados de estabilidade no mercado de trabalho. A população ocupada permaneceu estável com 82,6 milhões de pessoas, embora venha apresentado variações positivas nas últimas três semanas", observa a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

 

A Pnad Covid-19 vem sendo realizada desde maio e busca monitorar os impactos que a pandemia vem causando no mercado de trabalho brasileiro, além de estimar o número de pessoas com sintomas associados à doença. A pesquisa considera como parte da população desocupada todas as pessoas que não estão trabalhando, mas que tomaram alguma providência para conseguir trabalho. Já aquelas que não se mobilizaram em busca de emprego integram a população fora da força de trabalho, que era composto por 74,6 milhões de pessoas na segunda semana de setembro. Desse total, cerca de 16,3 milhões disseram que gostariam de estar trabalhando, mas não procuraram emprego por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.

 

Na nova edição da pesquisa, a taxa de participação na força de trabalho ficou em 56,3%. O índice também representa uma estabilidade se comparado com os 56% registrado no levantamento anterior.

 

Outro dado que revela a manutenção do quadro é a taxa de informalidade. Ela caiu apenas 0,3%, saindo de 34,6% na primeira semana de setembro para 34,3% na segunda semana. O número de pessoas trabalhando remotamente também se manteve estável, saindo de 10,8% para 10,7%.

 

Entre os índices relacionado ao mercado de trabalho, a variação mais relevante foi notada no percentual de pessoas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social. Os dados indicam um movimento de retorno às atividades profissionais. Na segunda semana de setembro, 3,7% da população ocupada estava afastada do trabalho devido ao distanciamento social. O levantamento anterior havia registrado que 4,2% das pessoas ocupadas estavam nesse situação. Em maio, quando a pesquisa começou a ser realizada, o índice atingiu 19,8%.

 

Sintomas


A nova edição da Pnad Covid-19 também revela que 9,9 milhões de pessoas manifestavam pelo menos um dos sintomas associados à síndrome gripal na segunda semana de setembro, o que representa 4,7% da população brasileira. São considerados 12 sintomas: febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular.

 

Na primeira semana de setembro, esta situação foi relatada por 4,6% das pessoas, o que aponta para um estabilidade estatística. Em maio, na primeira edição do levantamento, o índice foi de 12,7%.

 

A mobilidade da população em meio à pandemia apresentou variação mais significativa. "Cai significativamente o percentual de pessoas que informaram que ficaram rigorosamente em casa. E aumentou significativamente o percentual daqueles que informaram ter reduzido contato, mas que continua saindo de casa ou recebendo visitas", diz Maria Lúcia Vieira.

 

O isolamento rigoroso foi informado por 16,7%, um ponto percentual a menos que o levantamento anterior. Em números absolutos, a variação representa cerca de 2 milhões de pessoas. Já as pessoas que afirmam ter reduzido o contato, mas que não deixaram de sair nem receber visitas, aumentou de 80,7 milhões (38,2%) para 83,3 milhões (39,4%).

 

A pesquisa mostrou uma retomada das atividade escolares. Na primeira semana de setembro, 15,8% dos estudantes estavam sem aulas. No novo levantamento, esse percentual caiu para 14,7%.

 

Fonte: Agência Brasil

 


Veja também

Publicada lei que destina R$ 20 bilhões para empréstimos a empresas

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, promulgou a lei nº 14.068/2020, que abre crédit...

Veja mais
IBGE: produção industrial avança 3,2% em agosto

A produção da indústria nacional cresceu pelo quarto mês seguido e registrou alta de 3,2% em ...

Veja mais
BNDES inicia operações de crédito do Peac Maquininhas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciou as operações do Programa Espe...

Veja mais
São Paulo registra recorde de abertura de empresas

O estado de São Paulo registrou em setembro um recorde histórico de abertura de empresas. Segundo a Junta ...

Veja mais
Confiança empresarial retoma nível anterior à pandemia, aponta FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) subiu 3 pontos...

Veja mais
Vendas do comércio devem ter aquecimento com o Dia das Crianças

O Dia das crianças deverá aquecer o comércio de Minas Gerais. Segunda melhor data de vendas do segu...

Veja mais
Crescimento da indústria no Brasil atinge novo recorde em setembro, mostra PMI

O crescimento da atividade manufatureira brasileira chegou a um novo recorde em setembro, em meio à forte expans&...

Veja mais
Governo vai prorrogar novamente corte de jornada e salário

  O Secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, afi...

Veja mais
CNI: índice de confiança do consumidor permanece em queda

O consumidor brasileiro continua sem confiança, devido aos efeitos da pandemia de covid-19 na economia. O Í...

Veja mais