Intenção de consumo das famílias sobe em outubro, mas segue abaixo de 2019, diz CNC

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A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), subiu 0,9% entre setembro e outubro, para 68,7 pontos - mas ainda cai 26,4% ante outubro do ano passado.

 

A pontuação do índice para um mês de outubro é a pior desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. Além disso, a entidade informou que o saldo positivo na comparação com setembro não impediu o índice de permanecer abaixo de 100 pontos, ou seja, aquém do quadrante favorável.

 

Dos sete tópicos usados para cálculo do indicador, cinco mostraram altas entre setembro e outubro. É o caso dos avanços de 0,3% em emprego atual, para 85,9 pontos; de 4,4% em perspectiva profissional, para 78,7 pontos; de 0,3% em acesso ao crédito, para 81,9 pontos; de 1,2% em nível de consumo atual, para 51,7 pontos; e de 2,1% em momento para duráveis, para 43,3 pontos.

 

Nessa comparação, ainda mostram queda a renda atual (de -0,9%, para 76,3 pontos); e a perspectiva de consumo (de -0,5% para 63 pontos).

 

Esses mesmos sete tópicos ainda mostram queda quando comparados a outubro do ano passado, acrescentou a entidade. É o caso dos recuos observados, em outubro deste ano, em emprego atual (-26,1%); perspectiva profissional (-24,9%); renda atual (-30,5%); acesso ao crédito (-7,6%); nível de consumo atual (-29,7%); perspectiva de consumo (-33%); e momento para duráveis (-34,6%).

 

Em nota, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, comentou que foi observada recuperação do consumo dos brasileiros, com reflexo nas vendas do varejo, nos últimos meses.

Entretanto, Catarina Carneiro da Silva, economista da CNC responsável pelo estudo, pontuou que, no momento, os consumidores parecem estar em contenção de renda, e isso também afeta o resultado do indicador.

 

"A redução do auxílio emergencial do governo impactou negativamente as famílias, mesmo com a melhora nas percepções em relação ao mercado de trabalho", disse ela, citando o corte de 50% no benefício, programado pelo governo para ir até dezembro.

 

Fonte: G1


 


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