Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 3,02%

Leia em 2min 30s

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país) deste ano subiu de 2,99% para 3,02%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (3), publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

 

Para 2021, a estimativa de inflação variou de 3,10% para 3,11%. A previsão para 2022 e 2023 não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.

 

O cálculo para 2020 está acima do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. Essa meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

 

Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo em cada ano.

 

Juros básicos


Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 2,75% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 4,5% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano.

 

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

 

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

 

PIB e dólar


As instituições financeiras consultadas pelo BC mantiveram a projeção para a queda da economia brasileira neste ano em 4,81%. Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 3,34%. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua projetando expansão do PIB em 2,50%.

 

A previsão para a cotação do dólar é encerrar o ano em R$ 5,45. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5,20.


Fonte: Agência Brasil 

 


Veja também

IPC-S registra inflação de 0,65% em outubro

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechou outubro deste ano com uma taxa de inflaç&at...

Veja mais
Confiança dos empresários cai 0,4 ponto em outubro, diz FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) teve qued...

Veja mais
Indicadores sugerem recuperação desigual da economia, diz BC

A economia brasileira apresenta recuperação desigual entre os setores, assim como ocorre em outros pa&iacu...

Veja mais
Brasil cria 313 mil postos de trabalho em setembro

Com a retomada da atividade da economia, o mercado de trabalho recuperou em três meses quase a metade dos empregos...

Veja mais
Ministra diz que preço do arroz teve 'ligeira queda' e que deve cair mais com safra em janeiro

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou na quinta-feira (29) que o preço do arroz no país teve...

Veja mais
Preços na indústria sobem 2,37%, revela pesquisa do IBGE

Os preços de produtos na saída das fábricas, medidos pelo Índice de Preços ao Produto...

Veja mais
Auxílio Emergencial: Caixa abre ciclo 4 de pagamentos

A Caixa Econômica Federal paga hoje (30) o auxílio emergencial para 3,4 milhões de brasileiros nasci...

Veja mais
Desemprego chega a 14,4% no trimestre encerrado em agosto

A taxa de desemprego chegou a 14,4% no trimestre terminado em agosto, aumento de 1,6 ponto percentual frente ao trimestr...

Veja mais
Indicador de incerteza da economia recua pelo sexto mês

O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 2 pontos de setemb...

Veja mais