O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede inflação das indústrias extrativa e de transformação, aumentou 3,4% em outubro, mostrou nesta quinta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de outubro do indicador, que mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, é a maior da série histórica, iniciada em janeiro de 2014.
Em setembro, o indicador havia subido 2,34%. No acumulado do ano até outubro, o índice somou 17,29% de alta e, em 12 meses, acumula taxa de 19,08%.
Considerando apenas a indústria extrativa, a alta foi de 9,71% em outubro, após avanço de 1,55% um mês antes. Já na indústria de transformação, o indicador teve elevação 3,04%, após aumento de 2,39% em setembro.
Em pontos percentuais, o maior impacto para a formação do IPP de outubro foi registrado em alimentos (1,17 p.p.), indústrias extrativas (0,53 p.p.), outros produtos químicos (0,36 p.p.) e metalurgia (0,31 p.p.).
O IPP também mediu a variação de preços ao produtor de bens de capital, que, entre setembro e outubro, subiu 2,69%.
Por sua vez, a taxa do indicador dentro de bens intermediários foi de 5,01% de alta em outubro. No mesmo mês, o IPP de bens de consumo duráveis cresceu 0,97%. Já entre os semiduráveis e não duráveis, o índice registrou incremento de 1,27%, em outubro.
Entre os fatores que explicam a inflação mais alto no atacado estão o dólar em patamar mais elevado, a falta de insumos em razão do desarranjo das cadeias produtivas em meio à pandemia e a recuperação mais rápida do que inicialmente esperado no comércio, com varejistas precisando comprar para repor estoques e as fábricas com a produção ainda reduzida e sem estoques.
Fonte: G1