O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 1,28% nos primeiros dez dias, ou primeiro decêndio, de dezembro. O percentual é menor do que o registrado no mesmo período de novembro, quando ficou em 2,67%. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), que divulgou a primeira prévia do indicador hoje (9), com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 23,79% para 23,52%.
Segundo o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, a alta menos intensa no IGP foi favorecida pela queda das taxas de variação das commodities de maior expressão no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA). Os destaques foram a soja (de 9,21% para -2,60%) e o minério de ferro (de -2,80% para -3,65%).
Índice de Preços ao Produtor Amplo
Também nos primeiros dez dias de dezembro, o IPA teve alta de 1,39%. No mesmo período do mês de novembro, o índice teve elevação de 3,48%. De acordo com a pesquisa, na análise por estágios de processamento, os preços dos bens finais subiram 2,28% em dezembro. No mês anterior tinha subido 2,17%. A variação do subgrupo combustíveis para o consumo foi a principal influência para este movimento, ao sair da queda de 0,27% para a alta de 2,47%.
Já o índice correspondente aos bens intermediários caiu de 3,88% no primeiro decêndio de novembro para 2,65% no mesmo período de dezembro. De acordo com o Ibre, o recuo foi influenciado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que teve queda na taxa de 4,72% para 2,60%.
O percentual referente às matérias-primas brutas caiu bastante. Passou de 4,19% no primeiro decêndio de novembro para recuo de 0,28% no primeiro decêndio de dezembro. As contribuições partiram da soja em grão (de 9,21% para -2,60%), do milho em grão (de 17,05% para 2,50%) e suínos (de 10,60% para -5,95%). Já a cana-de-açúcar (de 0,68% para 5,23%), café em grão (de -0,13% para 5,75%) e aves (de 3,06% para 4,29%) tiveram movimento contrário.
Índice de Preços ao Consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi outro que teve variação positiva. Saiu de 0,41%, no primeiro período de novembro, para 0,86% nos primeiros dez dias de dezembro. Conforme a pesquisa, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram alta em suas taxas de variação, com destaque para o grupo educação, leitura e recreação (0,19% para 3,52%). Nesta classe de despesa, o comportamento do item passagem aérea foi destaque. A taxa passou de 1,56% para 26,08%.
Foram notados ainda os acréscimos nas taxas de variação dos grupos alimentação (de 0,82% para 1,27%), habitação (de 0,21% para 0,48%), despesas diversas (de -0,07%para 0,31%), comunicação (de 0,02% para 0,08%) e transportes (de 0,87% para 0,88%). As maiores contribuições partiram dos itens frutas (de -1,88% para 0,92%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,00% para 1,25%), serviços bancários (de 0,00% para 0,32%), mensalidade para TV por assinatura (de -0,08% para 0,44%) e automóvel novo (de 1,19% para 1,91%).
Em movimento oposto, os grupos vestuário (de 0,34% para -0,19%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,06% para-0,08%) registraram recuo nas taxas de variação. A influência principal foi dos itens roupas (de 0,46% para -0,54%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,23% para -0,91%).
Fonte: Agência Brasil