Carrefour planeja aquisições no Brasil

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O Brasil aumentou sua participação na receita global do Carrefour no primeiro trimestre, para 11,3%, ante 8,5% no mesmo período do ano passado. As vendas no país cresceram 16% até março e somaram € 2,7 bilhões (R$ 6,5 bilhões), de acordo com o balanço divulgado pela varejista ontem na França. Em conferência, o diretor de finanças, Pierre Bouchut, disse que o grupo pretende promover aquisições nos mercados brasileiro, chinês e espanhol.

 

Mesmo com o bom desempenho, a filial brasileira perdeu a liderança em 2009 para o Pão de Açúcar no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O grupo controlado por Abilio Diniz somou vendas de R$ 26,2 bilhões, contra R$ 25,2 bilhões da filial da varejista francesa.

 

"Eles [Pão de Açúcar] só passaram ao primeiro lugar por causa do Ponto Frio [adquirido em junho]. Mas nós temos a maior operação no segmento alimentício", afirma o diretor de finanças e gestão do Carrefour Brasil, Daniel Magalhães.

 

Dono de 114 hipermercados, 49 supermercados, 61 lojas do Atacadão e 376 do Dia%, o Carrefour Brasil prevê abertura de 70 lojas este ano, de todas as bandeiras, com foco maior no Norte e Nordeste. "Nossa posição no Sul e Sudeste já está consolidada", diz Magalhães. As inaugurações devem consumir parte dos investimentos de R$ 2,5 bilhões anunciados para 2010 e 2011 no Brasil, acima da cifra de R$ 1,8 bilhão do biênio anterior. Na conta, além das lojas, estão incluídos novos investimentos na operação on-line (que teve início mês passado) e também em infraestrutura, logística e prospecção de terrenos. Aquisições, como mencionou o executivo francês, também estão previstas, mas serão à parte desse valor. E, sobre isso, Magalhães não comenta.

 

No mundo, as vendas do Carrefour aumentaram para € 24 bilhões no primeiro trimestre, em relação aos 22,7 bilhões obtidos em igual intervalo de 2009. A receita na França, que representa cerca de metade do total, subiu pela primeira vez em seis trimestres.

 

O grupo anunciou ainda planos de recomprar ações pela primeira vez desde 2007. A ideia é adquirir 6% de seus papéis. Pela cotação de ontem, o movimento custaria € 1,6 bilhão.

 

"Foi um conjunto positivo de resultados", diz o analista Fabio Fazzari, da Equita Sim, em Milão. "A recompra e a tendência nos mercados emergentes, especialmente na América Latina e Brasil, foram boas notícias." Na América Latina, as vendas em lojas existentes há um ano cresceram 10%.

 

Veículo: Valor Econômico


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