Salário mínimo ideal estaria em torno de R$ 2.250, diz Dieese

Leia em 2min

Levantamento divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 2.247,94 em março para suprir suas necessidades básicas e da família. A avaliação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais do País.

 

Com base no maior valor apurado para a cesta em março, de R$ 267,58, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ser 4,12 vezes superior ao piso em vigor no período, de R$ 545.

 

Em fevereiro, o salário mínimo necessário calculado pelo Dieese era menor, o equivalente a R$ 2.194,18. Em março de 2010, o valor era de 2.159,65.

 

O Dieese também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse comprar em março o conjunto de bens essenciais aumentou, na comparação com o mês anterior e com o mesmo período do ano passado. Na média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 96 horas e 13 minutos para realizar a mesma compra que, em fevereiro, exigia a execução de 95 horas e 9 minutos. Em março de 2010, a mesma compra necessitava a realização de uma jornada de 94 horas e 38 minutos.

 

Cesta básica

 

A cidade de São Paulo manteve, em março, pelo sexto mês consecutivo, o posto de capital com a cesta básica mais cara do Brasil. Segundo levantamento nacional realizado em 17 capitais pelo Dieese, a capital paulista liderou o ranking no mês passado, depois de a cesta apresentar um aumento de 2,45% ante fevereiro, para R$ 267,58.

 

Porto Alegre voltou a ficar no segundo posto entre as cidades com a cesta mais cara do País. Em março, o conjunto de produtos alimentícios essenciais custou, em média, R$ 261,13, na capital gaúcha, o que representou um avanço de 1,80% ante o preço observado em fevereiro. O Rio de Janeiro foi a terceira capital pesquisada com preço mais elevado, de R$ 259,80. Vitória vem na sequência, com R$ 258,32.

Veículo: DCI


Veja também

Conab negocia hoje mais de 64 mil toneladas de milho

Novos leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) serão realizados hoje. A empresa vai comercia...

Veja mais
Buhler investe R$ 10 mi no País para ampliar produção

A empresa suíça Buhler prevê investir R$ 10 milhões na instalação de uma nova u...

Veja mais
Embalagens

A Sadia reformula as embalagens de sua linha de conveniência, com cores diferentes para cada opção d...

Veja mais
Para Icone, lei atual pode elevar preço de alimentos

A manutenção de algumas regras do Código Florestal poderá acarretar perdas significativas pa...

Veja mais
Renner compra Camicado e entra na briga no setor de utilidades domésticas

Rede gaúcha paga R$ 165 milhões pela empresa de produtos para o lar que tem 27 lojas em shoppings de seis ...

Veja mais
Com PPPs, governo nacionaliza produção de mais 4 remédios

Saúde: Parcerias com laboratórios vão permitir fabricação de medicamentos contra aids...

Veja mais
Vicunha atinge lucro de R$ 70 milhões

Receita líquida consolidada alcançou R$ 884 milhões, crescimento de 26% em relação a ...

Veja mais
Tragédia no Japão afeta preço

Cotações do café, milho, algodão e soja caem no mercado.   Brasília - Os refle...

Veja mais
Cafeicultor tem linha para refinanciar empréstimos

Funcafé liberou R$ 300 milhões.   Em atendimento à reivindicação das Comiss&o...

Veja mais