A cooperativa Castrolanda, de Castro (Campos Gerais), inaugurou ontem, durante a feira Agroleite, uma unidade de R$ 30 milhões capaz de mexer com o mercado do leite do Paraná. Situada na região que mais concentra recordes de produtividade por vaca do Brasil, a empresa entra em atividade processando 400 mil litros de leite por dia e deve chegar a 800 mil ainda neste ano, volume comparado ao recebido pela Batávia, tradicional indústria instalada no município vizinho, Carambeí.
Sócia da Batávia até novembro de 2007, a Castrolanda volta agora a industrializar leite. “O objetivo é reduzir o custo do transporte e receber uma compensação pelo padrão que podemos garantir a partir de agora”, afirma o gerente industrial da unidade de beneficiamento de leite (UBL), Gilberto Wolf.
A UBL vai vender leite concentrado e creme de leite. Com isso, o custo do transporte, hoje em R$ 2 por quilômetro no caso dos caminhões de 25 mil litros, cai para menos de R$ 0,66. A princípio, esses alimentos serão vendidos sem marca, para outras indústrias de alimentos. Na continuidade do projeto industrial, a Castrolanda pretende produzir também leite condensando e em pó, com marca própria, voltando a disputar espaço nas gôndolas de supermercados.
Quando estiver recebendo 800 mil litros de leite por dia, a UBL poderá esgotar todo o leite da Castrolanda e comprar mais 100 mil litros ao dia de outras regiões.
Veículo: Gazeta do Povo - PR