Novos modelos de roupa toda semana nas lojas e aluguéis salgados nos shoppings, que fazem encolher ou eliminar a área de estoque nas lojas. A combinação desses dois fatores tem levado varejistas a investir cada vez mais em sistemas tecnológicos capazes de mensurar a demanda e não deixar faltar produto nas lojas. É nessa área de software de logística que a Linx, que tem entre os seus acionistas o fundo General Atlantic, está apostando as fichas agora. Há cerca de 15 dias a empresa vendeu sua divisão de logística para a Sequoia.
Capitalizada com a venda, a Linx pretende contratar até 100 engenheiros para pesquisa e desenvolvimento e fechar duas aquisições de fabricantes de softwares nos próximos seis meses. De 2008 para cá, a empresa adquiriu nove concorrentes e prevê encerrar o ano com receita líquida de R$ 250 milhões.
A Linx tem 9,5 mil clientes, sendo que 6 mil são varejistas como Americana s, Magazine Luiza, Le Lis, Hering e Zara. Os outros 3 mil são concessionárias de veículos que demandam uma reposição quase diária de peças. "Há casos de varejistas que têm de seis a dez meses de estoque. É um capital de giro parado que no atual cenário, com juros altos, é prejudicial", disse Alberto Menache, CEO da Linx.
Uma das frentes de trabalho da Linx é desenvolver plataformas tecnológicas capazes de reunir e-commerce e CRM (Customer Relationship Management), sistema que mapeia o perfil de consumo do cliente.
Veículo: Valor Econômico