O mercado de feijão carioca apresentou na semana passada um padrão econômico bastante estável na bolsinha, em São Paulo, com variações de preço bastante reduzidas, apesar da oferta mais elevada. O feijão preto também apresentou uma semana bastante calma no referencial, com demanda nula e nenhuma modificação de preços. O mercado de feijão nas regiões produtoras brasileira seguiu a tendência do referencial do mercado, a bolsinha, e apresentou baixa variação nos preços cotados nas lavouras.
No Paraná, o preço médio do feijão carioca nas regiões produtoras sofreu uma leve elevação de 0,55% na primeira semana cheia de novembro, passando de um preço de R$ 128,75 para R$ 129,46 por saca de 60 kg. O feijão preto, ao contrário, apresentou leve desvalorização de 0,14% no período se comparado aos preços de fechamento de R$ 102,00 e R$ 101,85, do encerramento de outubro.
Em Minas Gerais, apesar de haver uma valorização na saca de 60 kg de feijão carioca na região de Patos de Minas, que passou de R$ 105,00 para R$ 115,00, a desvalorização em outras regiões produtoras balanceou o preço médio deste feijão no Estado, fechando a última semana com o mesmo preço de fechamento da semana anterior, R$ 118,75/sc de 60 kg.
Nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul, o feijão preto apresentou uma leve valorização no preço, devido principalmente à alta apresentada na região de Lajeado, que teve o preço da saca de feijão preto passando de R$ 130,00 para R$ 138,00. Com isso, o preço médio do feijão preto nas regiões produtoras de Rio Grande do Sul fechou cotado a R$102,05, valorização de 0,88% em relação ao preço médio apresentando no fechamento de outubro, que era de R$ 101,15 a saca.
O mercado de feijão carioca na bolsinha havia fechado em outubro de maneira bastante calma, e este cenário se manteve, apesar do mercado apresentar uma oferta expressiva de feijão na primeira semana de novembro na bolsinha, os preços se mantiveram estáveis, havendo apenas uma leve ascensão no preço do feijão carioca extra devido à proximidade do preço deste tipo de feijão no referencial com o preço praticado nas lavouras paulistas.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Régis Becker, o mercado de feijão carioca na bolsinha vem sendo abastecido, quase em sua totalidade, por feijão originado na primeira safra paulista que, após sofrer um recuo nos preços, obrigou os lotes ainda restantes da terceira safra mineira e goiana a sair do pregão, já que esses grãos se encontram mais escuros e também estão apresentando uma boa procura na região produtora.
No fechamento da semana pasada, o feijão do tipo extra não apresentou ofertas na bolsinha e fechou a semana sem cotação. Sendo assim, se pegarmos como referencial o preço do feijão carioca extra, o tipo fecha o período com o preço médio de R$ 152,50 por saca, valorização de 3,38% com base no preço de fechamento da semana anterior, quando estava cotada a R$ 147,50.
Especial - O feijão carioca especial, ao contrário do tipo extra, manteve preço estável no período, mesmo com a expressiva oferta. Assim, fechou cotado com média de R$ 137,50, mesmo preço de conclusão da semana de passagem dos meses de outubro para novembro. O feijão comercial nota 8 também mostrou estabilidade bastante peculiar neste período, já que é um tipo de feijão que apresenta constantes variações de preços, assim, fechou a semana passada com preço médio de R$ 122,50 por saca, o mesmo da semana retrasada.
Em relação ao feijão carioca comercial nota 7, o cenário não mudou e este tipo de grão seguiu a tendência do feijão carioca, fechando com o mesmo preço da semana retrasada, com cotação média de R$ 112,50. O feijão semi novo nota 6 fecha com o preço médio de R$ 102,50 a saca, preço igual ao do fechamento da semana retrasada.
O mercado de feijão preto no referencial do mercado de feijão, a bolsinha em São Paulo, também mostrou estabilidade na semana passada. Porém, a estabilidade é esperada para o feijão preto, que já vem há alguns meses mostrando um padrão de pouca ou nenhuma variação semanal no preço da saca durante os pregões.
"Como estamos em um período de entressafras e a terceira safra não tem uma produção de feijão preto significativa, o mercado vem sendo abastecido por importações da China e da Argentina, principalmente, cenário que deve se manter pelo menos até a segunda quinzena de dezembro, quando a colheita de feijão preto nos estados do Sul do Brasil deve começar", afirmou o analista.
Assim, o feijão preto extra fechou a semana passada com preço médio de R$ 132,50 por saca de 60 kg, mesmo valor praticado na semana retrasada. O feijão preto especial também manteve preço estável, fechando com valor médio de R$ 122,50.
Veículo: Diário do Comércio - MG