O mercado atacadista de feijão brasileiro seguiu com pouca movimentação nesta semana. Na Bolsinha de Cereais de São Paulo, uma característica da semana foi a operação com sobras do anterior, devido à baixa procura, no caso do feijão carioca, mas com muita oscilação nos preços. Na quinta-feira, o valor pago pelo feijão carioca teve média de R$ 139,00 por saca de 60 quilos, queda de 37,5% na comparação com os patamares de um mês atrás. Por sua vez, o carioca especial nota 8,5 foi cotado na média de R$ 134,00 por saca, recuando 31,3% em comparação com o valor de um mês atrás.
Já para o feijão preto, a semana foi de preços praticamente estáveis mo atacado paulista, mesmo com pressão de queda sobre os vendedores, uma vez que a demanda está fraca. O preço médio pago pelo feijão preto extra manteve-se a R$ 167,50 por saca de 60 quilos, mas recuando 6,9% se comparado com o mês anterior, quando estava a R$ 180,00 por saca. Por fim, o feijão preto especial continuou sendo cotado na média de R$ 157,50 por saca de 60 quilos, apresentando queda de 4,5% em relação ao mês anterior (R$ 165,00 por saca).
No Paraná, principal Estado produtor, o mercado de feijão continuou com ritmo lento nos últimos dias. De acordo com os agentes locais, existe pouco volume em estoque, enquanto que se aguarda que a demanda se intensifique na próxima semana, virada de mês. Assim, as cotações são nominais na maioria das praças paranaenses.
No norte do Estado paranaense, o feijão carioca extra, de nota 9,5, esteve cotado em Ivaiporã - município responsável por 17% da produção estadual e 60% do total regional - entre R$ 110,00 e R$ 130,00 por saca. Já na região Sul, onde predomina a cultura o feijão preto e o principal município produtor é Ponta Grossa, os preços sofrem pressão para baixo devido à concorrência com produtores do Sudeste do país, que levam vantagem principalmente no quesito logística. Na cidade, o feijão carioca esteve cotado em média a R$ 120,00 por saca e o feijão preto a R$ 90,00 por saca. Juntas, as regiões Norte e Sul do Paraná correspondem a 92% da produção de feijão no Estado.
Veículo: Diário do comércio - MG