A confiança do consumidor subiu 1,0% no mês de novembro, após cair 2,2% em outubro, sempre na comparação com o mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), na série com ajuste sazonal. "A evolução favorável no mês é, no entanto, insuficiente para compensar a perda observada em outubro, mantendo o índice abaixo da média histórica de 115,5 pontos pelo nono mês consecutivo", informou a FGV. Com o resultado, o desempenho do indicador, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), ficou em 112,8 pontos.
Segundo a FGV, o grau de satisfação dos consumidores com a situação da economia no momento atual ficou praticamente estável. Entre outubro e novembro, a proporção de consumidores que avaliaram a situação atual da economia como boa aumentou de 16,2% para 16,6%, enquanto a dos que a julgaram ruim caiu de 35,2% para 35,0%.
O otimismo em relação às finanças pessoais nos meses seguintes foi quesito o que mais contribuiu para melhora das expectativas. O indicador deste quesito avançou 1,3%, ao passar de 132,9 pontos para 134,6 pontos, permanecendo acima da média histórica (131,4).
A parcela de consumidores projetando melhora da situação financeira familiar aumentou de 37,2% para 38,9%; já a dos que preveem piora se manteve em 4,3%. O levantamento abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 30 de outubro e 19 de novembro.
Entre as gigantes
O IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), apontou um ritmo de crescimento para os meses de novembro e dezembro, com altas de 7,6% e 6,6% nas vendas, respectivamente, em comparação com os mesmos períodos do ano passado. Para o presidente do IDV, Flávio Rocha, esta recuperação pode ser creditada à recuperação do ritmo de vendas nos diversos segmentos. "E também à resiliência do mercado de trabalho e à desaceleração da inflação de alimentos, que havia pressionado o segmento de não duráveis no primeiro semestre, já que este segmento tem uma contribuição significativa no desempenho do varejo", analisa Rocha.
Já para outubro, o indicador do IDV manteve a tendência de crescimento devido, principalmente, à estabilidade da inflação e à manutenção da redução de IPI para móveis e eletrodomésticos. Os associados apontaram para o mês de outubro um aumento das vendas de 6,1% na comparação com o mesmo período de 2012.
O varejo de não duráveis, que responde pelas vendas de alimentos, entre outros, apontou um nível baixo de crescimento em outubro e recuperação a partir de novembro. Assim, o segmento passaria de uma alta de 2,9% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano anterior para um crescimento estimado de 5,3% em novembro e 4% no último mês do ano.
Já o setor de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, foi o grupo com desempenho mais elevado no período. Os associados apontaram alta de 9,1% das vendas em outubro.
Veículo: DCI