Na região da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), a possibilidade de importação da banana equatoriana já vem impactando no setor. "Desde a publicação das regras sanitárias pelo Mapa, o mercado está só esperando a regulamentação pela Casa Civil para importar. O impacto é sentido no volume de pedidos feito à Abanorte, que ficaram menores já que os compradores estão adquirindo pequenas quantidades à espera da banana equatoriana, que vai chegar ao mercado com preços mais baixos", disse a gerente executiva da entidade, Ivanete Pereira.
Segundo ela, o quilo da banana nos primeiros meses de 2014 foi vendido a preços lucrativos. Os problemas enfrentados com a seca comprometeram parte da oferta e da qualidade do produto. O quilo da banana nanica é negociado em média a R$ 0,80, enquanto o custo é de R$ 0,50. O valor da prata é de R$ 1,5 por quilo, com custo de produção estimado em R$ 0,70.
"O primeiro semestre é um período muito bom para a produção de bananas em Minas Gerais, já que não coincide com a safra de outras regiões brasileiras e conseguimos comercializar o produto com preços acima dos custos. Atualmente, temos cerca de 12 mil hectares plantados, sendo 84% cultivado com banana pratas e o restante nanica, e uma produção anual de 360 mil toneladas. Mas ao longo do segundo semestre, a tendência é de queda nos preços, devido ao superabastecimento do mercado, com os preços ficando abaixo dos custos", completou.
Veículo: Diário do Comércio - MG