No agronegócio da agricultura foi registrada pequena variação positiva de 0,07% em abril, reduzindo a queda no acumulado do ano para 0,37%. A leve alta reflete os desempenhos dos segmentos primário, que oscilou 0,1%, da indústria (0,08%) e da distribuição (0,09%), já que o de insumos apresentou queda de 0,18%.
O resultado, pela segunda vez no ano positivo, fez com que a renda estimada para o segmento agrícola encerasse o período em R$ 78,194 bilhões, valor 0,37% inferior ao registrado em igual período do ano passado.
A estabilidade observada no segmento primário, que reverteu a queda de 0,38% observada até março, teve como uma das justificativas a confirmação de uma safra menor de café, de 12,7%. Isso, aliado à valorização dos preços do grão, de 14,18%, contribuiu para que o faturamento ficasse apenas 0,31% menor, frente à queda acumulada até março, de 5,77%.
Vários dos principais produtos agrícolas em Minas encerraram o período com queda no faturamento. A receita gerada com o milho ficou 16,13% menor, seguida pela batata-inglesa, com retração de 32,83%, tomate (-16,48%), feijão (-39,22%) e cana-de-açúcar, que fechou o período com declínio de 10,71%. A justificativa dos pesquisadores do Cepea para o fraco desempenho foi a condição climática desfavorável ao longo do primeiro trimestre do ano, que prejudicou a produtividade e a qualidade da produção.
Altas - Apesar dos resultados negativos, alguns produtos tiveram desempenho favorável em abril. A soja, por exemplo, apresentou expansão de 5,63% no faturamento, seguida pela mandioca (1.349%), laranja (54,91%) e algodão (10,74%). No caso destes produtos, a valorização dos preços justifica a alta. (MV)
Veículo: Diário do Comércio - MG