Ele obteve 102,5 sacas de 60 kg por hectare
Os investimentos em máquinas, equipamentos e tecnologias têm se tornado cada vez mais essenciais para que a produtividade das culturas seja ampliada e a competitividade, favorecida. Em Minas Gerais, o produtor de soja Leonardo Latalisa França, de Brasilândia de Minas, no Noroeste do Estado, apostou na aplicação de tecnologia de ponta na Fazenda Globa da Barra e obteve rendimento de 102,5 sacas de 60 quilos por hectare. O resultado rendeu ao produtor o primeiro lugar no Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, categoria soja irrigada, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb). O rendimento também foi o maior de Minas Gerais.
De acordo com o produtor, o prêmio é um reconhecimento pelos investimentos realizados ao longo dos últimos anos. Há cinco anos produzindo soja, esta foi a primeira participação no Desafio de Produtividade, que está na 8ª edição.
"Para manter a rentabilidade, é fundamental investir em formas de ampliar a produtividade e a qualidade da soja, já que os custos de produção são muito elevados. Na safra 2014, o custo tem ficado entre 65 e 70 sacas por hectare (o rendimento médio no ano é de 87,5 sacas). Para ter produtividade acima de 100 sacas, optamos pelas melhores sementes, insumos e tecnologias disponíveis no mercado, além da assistência técnica especializada, e o resultado foi muito positivo. Vamos continuar neste caminho para termos sucesso na produção", diz França.
Ainda segundo França, a área avaliada pelos representantes do Cesb foi de 8,75 hectares, cultivado com a soja Pioneer 98Y30, que é resistente ao glifosato e adaptada ao clima da região. Todo o processo é fiscalizado e auditado por um comitê do Cesb, que avalia desde a colheita, passando pelos processos de retirada da umidade e de impurezas, até a conclusão da pesagem da soja.
"Nesta área auditada, registramos uma produtividade de 102,5 sacas de 60 quilos por hectares. Foi um rendimento muito significativo e que superou o volume máximo registrado na nossa unidade anos anteriores. Em 2013, colhemos 90 sacas de 60 quilos de soja e 80 sacas em 2012", afirma.
A produtividade de 102,5 sacas por hectare obtida pelo produtor é bem superior à média estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a soja em Minas Gerais, 43,3 sacas de 60 quilos por hectare, e no país, que foi calculada em 46,6 sacas de 60 quilos por hectare.
Surpresa - A expectativa de França é continuar registrando recordes de produtividade nas próximas safras. Apesar do volume registrado pelo Cesb, em um dos pivôs da fazenda, que abrange uma área de 15 hectares, a produtividade alcançada foi ainda maior, chegando a 133 sacas de 60 quilos por hectare. "Fomos surpreendidos por este resultado. A produtividade varia facilmente, dependendo do clima, pragas e produtos aplicados", diz.
Veículo: Diário do Grande ABC