O mercado do milho bateu um novo recorde mínimo de preço na sexta-feira na bolsa de Chicago. Pressionado pelas perspectivas cada vez mais otimistas para a safra americana de 2014/15, os contratos de segunda posição, com vencimento em março de 2015, fecharam a US$ 3,35 por bushel, valor que os investidores não negociavam desde 29 de junho de 2010, quando o preço ficou em US$ 3,33 o bushel. Já o papel com o vencimento mais curto em Chicago, com prazo de entrega em dezembro e com o maior volume de negócios em aberto, alcançou um patamar ainda menor, fechando no menor valor desde 21 de setembro de 2009, a US$ 3,23 o bushel.
Os dois contratos já estão cotados a um patamar inferior ao estabelecido pelo governo americano para concessão de subsídios aos produtores (US$ 3,90 o bushel). Os preços da soja, embora também estejam passando por uma forte desvalorização, ainda não chegaram a esse patamar.
A perspectivas de uma safra recorde nos Estados Unidos são renovadas a cada dia, à medida que o tempo se mantém seco no cinturão do milho no Meio-Oeste americano, permitindo que os produtores avancem em seus trabalhos de colheita e relatem índices de produtividade recorde.
Operadores afirmam que já chegaram aos seus ouvidos relatos de produtores que tiraram o equivalente a 230 a 240 sacas de milho por hectare em algumas áreas de Missouri, no coração do cinturão produtor, ante uma média histórica de 177 sacas por hectare.
"Os investidores acham que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai aumentar ainda mais sua estimativa de produtividade em seu próximo relatório", afirma Samuel Garcia, corretor da Hencorp Commcor, em São Paulo.
Em setembro, o órgão calculou um índice médio de produtividade equivalente a 179 sacas de milho por hectare para a safra 2014/15, aumento de 8% ante o índice obtido no ciclo passado.
Veículo: Valor Econômico