O setor de chocolates teve uma queda de 2% na produção no acumulado dos nove primeiros meses deste ano.
No total, foram fabricadas 384.289 toneladas no período. Entre janeiro e setembro de 2013, haviam sido 391.999, segundo dados da Abicab (associação do setor). "O produto está em 600 mil pontos de venda no país. Um bombom custa ao redor de R$ 0,80. O que está acontecendo é que o consumidor não tem dinheiro e não está comprando", afirma o presidente da entidade, Getúlio Ursulino Netto.
O segmento de chocolates premium, no entanto, tem crescido. "Esses produtos vão bem, em detrimento do consumo de massa", acrescenta. No ano passado, o setor de chocolates em geral já apresentou queda (-0,52%). Quando os achocolatados em pó são considerados na conta, a retração ocorre há dois anos.
"As fabricantes não demitiram porque as diminuições anuais no volume produzido foram pequenas." Em 2013, ficou em -0,25% e, em 2012, em -1,84% (com a inclusão dos achocolatados).
"Apesar dessas retrações, ainda vendemos uma boa quantidade. Somos o terceiro maior produtor do mundo [atrás de EUA e Alemanha]." As fabricantes estrangeiras, porém, vêm ganhando espaço no mercado nacional. No primeiro semestre deste ano, o avanço foi de 14,3%.
No mesmo período, as exportações recuaram 4,1% e a produção nacional diminuiu 4,3%, ainda de acordo com dados da entidade.
Veículo: Folha de S. Paulo