Unidade mineira responde por 10% do faturamento anual da empresa
A Bombril, empresa de soluções de higiene e limpeza doméstica, pretende investir na ampliação da unidade de Sete Lagoas, na região Central do Estado. E uma das etapas do aporte - cujo valor e maiores detalhes não foram informados - deve ocorrer no próximo ano, uma vez que a planta é considerada estratégica pela companhia, por responder por 10% do faturamento anual.
"A planta de Sete Lagoas será uma das prioridades em relação aos investimentos de ampliação. Uma etapa será realizada em 2015 e uma outra, que depende da aprovação de um plano estratégico maior, será discutida com o governo de Minas e com bancos de fomento", diz o texto de nota divulgada pela Bombril.
Na fábrica localizada em Minas são produzidos lã de aço, Limpol Limpa Alumínio, Limpol Limpa Inox, Limpol Pasta Coco, Mon Bijou Sachê, Kalipto Óleo, linha Sapólio (menos Limpa Quintal e Garagem) e Polibril. Ao todo, são gerados 399 empregos, sendo 378 diretos na unidade fabril e 21 no centro de distribuição.
Os aportes nas plantas da Bombril são constantes. Ao longo dos primeiros nove meses deste ano, eles somaram R$ 30,4 milhões, frente aos R$ 17,2 milhões investidos em igual período de 2013, aumento de 76,7%. Os recursos foram destinados à ampliação e modernização do parque industrial, principalmente no que se refere à tecnologia da informação (TI). Já as inversões realizadas no terceiro trimestre foram 101,9% superiores às do mesmo intervalo de 2013, e passaram de R$ 5,4 milhões para R$ 10,9 milhões.
As vendas no terceiro trimestre de 2014, por sua vez, somaram 129,8 mil toneladas, volume 14,3% superior ao verificado em igual período de 2013 (113,4 mil toneladas). No acumulado deste exercício até setembro a comercialização atingiu 364,6 mil toneladas, variação positiva de 9%.
Receita - No acumulado deste exercício até setembro, a Bombril registrou receita líquida de R$ 879,4 milhões, o que corresponde a uma expansão de 2,3% frente à igual período de 2013. Somente no terceiro trimestre, a empresa contabilizou R$ 320,2 milhões de faturamento líqüido, crescimento de 7,4% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 298,1 milhões).
Mesmo diante da expansão, no intervalo a companhia teve prejuízo de R$ 37,2 milhões, o que representa recuperação de 18,2% frente às perdas de R$ 45,5 milhões de igual período de 2013. O resultado negativo é atribuído ao aumento das despesas financeiras provocado, principalmente, pela variação cambial e pelo aumento da taxa Selic.
O lajida neste ano até setembro foi de R$ 59,4 milhões, contra R$ 59,7 milhões em 2013, queda de 0,5%. No terceiro trimestre, houve recuo de R$ 1,8 milhão (R$ 20,7 milhões neste período contra R$ 22,5 milhões no terceiro trimestre de 2013), representando queda de 8%. De acordo com o relatório da empresa, a margem lajida foi impactada pelo aumento das despesas operacionais e fixas em decorrência da desvalorização do real perante o dólar e pelo aumento da inflação.
Os custos operacionais de produção aumentaram 3,3% no terceiro trimestre. Mas mantiveram-se estáveis no acumulado de 2014, demonstrando que, apesar da desvalorização do real e da inflação, a empresa está mantendo os patamares de custo através da renegociação do preço dos insumos, da busca de novos fornecedores e da adequação do quadro de mão de obra.
Veículo: Diário do Comércio - MG