Lápis grafite e de cor foram os vilões dos aumentos, segundo pesquisa do Dieese
O movimento de compra do material escolar estava discreto, nestes primeiros dias do ano, mas aos poucos aquece as vendas no comércio de Belém, em especial nas papelarias. Pais e responsáveis já deram início à maratona de procura pelos itens das listas fornecidas pelas escolas, de olho no preço e na qualidade. Pesquisa do Dieese/PA, divulgada ontem, revela que a grande maioria dos produtos está mais cara nesta volta às aulas. “Os reajustes não são uniformes, mas em alguns casos chegam a 30%’’, garante o economista, supervisor técnico do Dieese Pará, Roberto Sena, referindo-se, por exemplo, aos lápis grafite e de cor.
A reportagem esteve em lojas populares e mais especializadas e, nos dois casos, pais e responsáveis, de fato, percebem o aumento em alguns produtos escolares. “No ano passado, a gente ainda encontrava cadernões personalizados por R$ 28,00 e até por R$ 23,00. Este ano, estamos levando dois cadernões semelhantes por R$ 32,00 (16 matérias - 320 folhas) e R$ 36,00 (20 matérias - 400 folhas)’’, disse a coordenadora financeira de uma empresa privada, Maria Jaderlina, na companhia da filha Danielle Duarte, 13 anos, que cursará o 1º ano do ensino médio em 2015. “Só de livros, já gastamos R$ 1.500,00. Foram nove livros, mas a escola nos garantiu que ela vai usá-los durante os três anos do nível médio, que será iniciado agora’’, afirmou o pai de Danielle, o policial militar Dagoberto Duarte. A família diz que, além de pesquisar preços mais em conta, também tenta reaproveitar os materiais comprados no ano passado, para enxugar ao máximo os custos com a compra do material escolar.
Veículo: O Liberal - PA