Ainda é cedo para avaliar o impacto final da equiparação dos distribuidores de cosméticos com a indústria para incidência de impostos.
A avalição é da equipe do Goldman Sachs, ao comentar a decisão do governo de aplicar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na cadeia.
Mas, em relatório, os analistas Irma Sgarz, Bernardo Cavalcanti e Alencar Costa já estimam que a mudança pode representar queda de 5% no resultado líquido da Natura em 2015. Para a Hypermarcas, o trio prevê um impacto menor já que apenas 15% das vendas totais da companhia devem ser afetadas. A Hypermarcas possui um portfólio composto por cosméticos, produtos de higiene e medicamentos.
"Outros fatores ainda podem determinar os efeitos da mudança na tributação, como a taxa de transferência interna das empresas, já que a nova medida incide também na distribuição. O mix de produtos de cada companhia também vai determinar o impacto", destacam os analistas do Goldman Sachs, no documento.
Os analistas da XP Investimentos e do Banco Bradesco destacam que o setor de cosméticos já estava esperando um aumento da carga tributária. "Julgamos que as medidas são negativas, mas estão mais do que precificadas", destaca a XP, em relatório assinado por Ricardo Kim. As duas instituições também ponderam que a Natura deve ser mais influenciada negativamente do que Hypermarcas devido ao mix.
Apesar de já esperado, o setor quer ter a oportunidade de mostrar que as implicações das medidas anunciadas pelo governo, se aplicadas, prejudicarão o desempenho econômico desta indústria", afirmou, em nota, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), João Carlos Basilio.
Veículo: DCI